Ter, 19/09/2006 - 15:14
No século XIX, durante as décadas de 60 e70, a filoxera (doença provocado pelo insecto philoxera vastatrix que ataca a raiz das videiras) reduz e quase extermina os vinhedos durienses. A desolação e a crise instalam-se na região, visto que à doença das videiras juntaram-se as fraudes dos anos 80. Surgem os "Hamburg Ports" e os "French Ports" vendidos a preço bastante inferior aos verdadeiros Port Wines, o que gera um ambiente de desconfiança e de fraude no comércio dos vinhos generosos.
Neste período, os solos vinhateiros são progressivamente adquiridos por uma burguesia endinheirada em ascensão, que começa a apoderar-se da produção de Vinho do Porto.
A protecção e a regulamentação da venda e da exportação, bem como a fiscalização dos vinhos generosos viria a conhecer novo impulso a 10 de Maio de 1907, regulada por decreto assinado por João Franco, retomando-se a filosofia de protecção iniciada na época pombalina. A região demarcada é, novamente, delimitada, estendendo-se para o Douro Superior. Reordenaram-se os vinhedos e implementaram-se novas práticas de cultivo e de produção, com a utilização de melhores castas regionais, adubos e produtos fito sanitários adequados.