Ter, 21/02/2006 - 15:23
Tudo começou há três anos, quando a Junta de Freguesia e a associação recreativa local decidiram organizar um evento para animar as montarias que decorrem na aldeia por esta altura. Foi assim que nasceu a RuralArcas, um certame onde se pode encontrar artesanato, fumeiro e azeite, entre muitos outros produtos retirados da terra.
A ideia tem vindo a ganhar força, ao ponto da iniciativa ter sido alargada para dois dias que marcam a diferença no quotidiano da freguesia.
Ao contrário de outros anos, o programa só contempla uma montaria, já que o leque de actividades também se estende para outros âmbitos.
Prova disso é o convívio Todo-o-Terreno que está agendado para 26 de Fevereiro, numa organização conjunta da Junta de Freguesia de Arcas (JFA) e o Clube Azibo Aventura.
Segundo o autarca local, Artur Parreira, jipes e motas vão percorrer os trilhos de Arcas e das aldeias anexas de Nozelos e Mogrão.
Sonhar com nova sede
Outra das grandes novidades deste ano é a inauguração do Largo do Terreiro, onde já estão a ser montados os stand´s da feira. O espaço foi totalmente renovado, sendo de destacar a pavimentação e a colocação de um sistema de iluminação que torna o local mais atractivo durante a noite. A obra foi financiada pela Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (CMMC) e representa a concretização de um velho anseio da população de Arcas. “É um local com muito significado, porque era ali que as gentes que vinham da Serra faziam os seus negócios”, relembra o responsável.
Com o passar dos anos, a JFA sentiu necessidade de comprar o largo para torná-lo no centro da aldeia, situação que veio a concretizar-se num dos três mandatos de Artur Parreira. “A Junta sempre quis comprar o largo e conseguiu-o com bastante esforço”, salienta o autarca.
Agora que o sonho já é realidade, a autarquia já tem novos objectivos. “Gostávamos de construir uma nova sede da Junta nas proximidades do Largo do Terreiro, ficando as antigas instalações para o posto médico, que funciona de 15 em 15 dias”, explica o responsável.
Caçadores de fora
Entretanto, o adro da igreja paroquial também entrou em obras, graças ao apoio da CMMC, da JFA e do esforço da população.
Quanto à caça ao javali, espera-se que a montaria do próximo dia 25 de Fevereiro seja mais recompensadora do que as do ano passado. “Só se mataram três ou quatro porcos em dois dias, mas acho que este ano vamos ter mais sorte, até porque pusemos muitos comedouros”, salientou o autarca.
Nestas montarias, grande parte dos caçadores são de fora, em especial dos distritos do Porto e Braga, pelo que o convívio também é pedra de toque nas caçadas, no mata-bicho e no jantar convívio que fazem parte do programa.
E, como Arcas dispõe dum solar de Turismo de Habitação e de alguns apartamentos turísticos, há caçadores que ficam alojados na própria aldeia, o que representa mais valias para a economia local.
Aliás, atrair visitantes, sejam caçadores ou não, é um dos objectivos da RuralArcas, um evento que promete animar o próximo fim-de-semana.
