Tio João

PUB.

Bom caminho - Peregrinação a Santiago de Compostela

Setembro entrou molhado e troado, algumas das nossas terras tiveram direito a rega automática vinda do céu. Diz o povo “em Setembro, planta, colhe e cava, que é mês para tudo” e também se diz “Setembro a comer e a colher”.

Dalma Reis, mãe e avó a tempo inteiro

Olá ilustre e boa gente!
Nestes últimos dias muitos emigrantes que estiveram de férias na terra natal, já fizeram a viagem
de regresso ao seu ganha-pão.
Segundo eles é a viagem que rende mais, porque mal partem já levam saudades e os seus familiares só ficam descansados quando atendem o célebre telefonema:
“Somos nós. Já chegamos. Correu tudo bem!”. É bom ouvir a nossa família comunicar-nos que já receberam o dito telefonema.
Iniciamos o mês de Setembro, mês das vindimas.
Diz o povo
“Agosto amadurece, e Setembro vindimece”, ou ainda “em Setembro planta, colhe e cava, que é mês para tudo”. O tio Domingos Ferreira, de Genísio (Miranda do Douro), disse-nos que agora é “tempo do ouro negro”, a apanha das amoras silvestres.
Também estamos na época da maçã, pêra e pêssego.
O meu filho, o João André, quis aproveitar um dia das suas férias para ir comigo para a rádio fazer o programa em directo. Foi na passada quarta-feira, das 6 às 8 da manhã. Esteve em estúdio com a sua concertina, tocou três modinhas e falou com os 35 participantes desse dia. Surpreendeu-me, pois estava muito à vontade e atento ao que os participantes diziam. Nesse dia foi ele o centro de todas as atenções. A família ficou admirada por ele utilizar o mesmo tom de voz que eu faço e cantarolar algumas quadras:
“Oh minha família/eu vou aqui estar/para animar o programa/e convosco falar”; “Oh minha família/eu agora aqui estou/no lugar do tio João/que ele me emprestou”. Depois do programa disse-me “agora eu sou o tio João júnior”.
Nestes últimos dias estiveram de parabéns a Alda Vieira (77), de Bragança; os irmãos gémeos, Paulo e Duarte Lopes (36), de Esturãos (Valpaços); Denérida Fernandes (69), de S. Julião (Bragança); Natividade Gonçalves (82), de Sacoias (Bragança); Maria de Fátima (36), de Valverde (Valpaços); Maria José, a tia Chanqueira (79), de Sendim (Miranda do Douro); Pedro Santos (41), de Murça (Vila Real); Ana Maria (53), de Coelhoso (Bragança) e os irmãos Humberto Rodrigues (62) e Orlando de Jesus (56), ambos de Samil (Bragança). Que a vida se proporcione para festejarem o próximo aniversários connosco.
E agora vamos conhecer um pouco da vida da tia Dalma Reis.

Tia Suca completou um século cheio de vida e superação

Olá minha boa e ilustre gente. O calor já está aí a bombar,  a Primavera emprestou uns dias ao Verão pois já estamos com temperaturas altas. Mirandela já chegou à máxima de 35 graus e agora as mínimas também já subiram. Diz o povo “em Maio o calor a todo o ano dá valor.”

Viver num jardim de rosas

As saudades já são muitas. Há mais de dois meses que estamos privados de abraçar os nossos nos lares e hospitais. Embora com muitas restrições, agora já podemos visitá-los, sem beijinhos e abraços.

No dia treze de Maio, quarta feira, tivemos um programa com trinta participações. Todas cantaram ou tocaram melodias à Senhora de Fátima. Dia quinze, sexta feira, foi o dia internacional da família. Para o assinalar, o nosso primo Marco cantou uma canção, nomeando cento e trinta participantes da nossa família.

Em Alfaião o cebolo é tradição

Olá, como estão os leitores da página do Tio João?

Este mês de Maio, embora um pouquinho mais quente do que o mês passado, está muito instável. A qualquer momento pode vir uma zurbada de água puxada a trovoada e, segundo o nosso Tio Marcelo, de Ousilhão, Vinhais, no passado dia 7, à noite, houve uma grande promoção de ovos da Páscoa. Claro que se estava a referir à granizada que ocorreu lá para os lados do concelho de Vinhais. Mas já diz o nosso povo “a água, Maio a dá, Maio a leva” e também “águas de regar de Abril e Maio hão-de ficar “.

O rebanho é a sua companhia e o seu sustento

Olá gentinha boa e amiga!

 Continuamos a ter que viver com muita prudência e muita paciência, pois continuamos com o pesadelo que nos atormenta diariamente e ainda temos muito pano para mangas.

A tia Julieta, de Suçães (Mirandela), contou-nos que este ano a sua aldeia manteve a tradição de ter no 1º dia do mês as casas engalanadas nas portas e janelas, com giesta florida para não entrar a fome.

Alguns membros da família também mantiveram a tradição de roer a castanha no 1º de Maio, para o burro não morder.

Artes e ofícios ancestrais em livro

Olá minha querida e boa gente.

Estamos a chegar ao fim do primeiro terço do malfadado ano de 2020. Pelos vistos, vamos continuar a lidar com o vírus. Estamos à espera, como do pão para a boca, da tão desejada pica (vacina).

O super quintal do Tio João da Torre

Olá, como vão os leitores da página do Tio João?

Estamos numa fase da vida em que nos rende muito o tempo, de dia nunca mais é de noite e à noite nunca mais é de dia, parece um poço sem fundo.

Na Páscoa sozinhos em casa

Olá gente boa e amiga!

Vivemos uma Páscoa diferente da de todos os anos, pois nesta quadra pascal os nossos costumes e tradições foram radicalmente alterados. Ficámos sozinhos em casa, não tivemos via-sacra ao vivo, não fomos à missa, nem tivemos a visita de Jesus ressuscitado em nossas casas, mas, com certeza, ressuscitou no coração de todos aqueles que estão na linha da frente neste combate contra este inimigo invisível.

A vida das nossas crianças mudou

Olá, como estão os leitores da página do Tio João?

Estamos todos no mesmo barco e o mar está muito bravo! Segundo parece, “a procissão ainda só vai no adro”. Dadas as circunstâncias, o melhor que todos temos a fazer é mesmo ficar em casa. Uma das coisas que mais dói à nossa gente é não poderem acompanhar os seus mortos à última morada, pois não dá para retribuir o consolo tido nestas situações. É um luto incompleto.