Ter, 15/11/2016 - 09:50
Olá familiazinha! Está no auge o desporto da época na nossa região: o “lombo de gato”, a apanha da castanha, ela que é agora a rainha do mês de Novembro. Já vivemos o S. Martinho deste ano. Antigamente descascavam-se as castanhas para cevar os porcos e agora é o grande minério da nossa região. Por isso mesmo, apresento-
-vos a página no facebook do jovem agricultor Rui Ferreira, de Faílde (Bragança) Castanhas de Tras os Montes de onde usamos algumas fotos e também os versos da nossa tia Irene, de Samil, dedicados aos 27 anos da Família do Tio João.
Se repararmos nos castanheiros seculares de alguns soutos da nossa zona, facilmente percebemos que a produção de castanha já tem alguns séculos de existência nesta região do país.
Antigamente era usada para alimentação dos animais: descascada para não cortar a boca aos porcos; triturada com as socas de brochas dentro de um balde para dar às galinhas e, também era alimento das pessoas, que a comiam em substituição da batata e era considerada comida de pobre. Quem diria que agora é rainha no bolso!
O valor nutricional das castanhas cruas é diferente das castanhas cozinhadas. No caso das vitaminas, a sua concentração máxima é encontrada nas castanhas cruas, atingindo o valor mais elevado na altura da colheita.
A forma mais tradicional de conservar as castanhas era submetê-las à secagem em caniços sobre a lareira, o tempo médio de secagem era de 8 dias. Depois de secas, as castanhas eram piladas em cestos altos e arredondados. A seguir fazia-se a limpeza das castanhas.
As castanhas piladas eram conservadas até Abril ou Maio em caixas de madeira, nas quais se estendia previamente um plano de linho. Das castanhas piladas também se fazia farinha de castanha para a confecção de produtos alimentares tradicionais.