Ter, 17/05/2016 - 10:54
Maria Cândida Vara, nasceu em Quintela de Lampaças concelho e distrito de Bragança. Nesta pequena aldeia transmontana, fez a sua primeira comunhão, quando tinha 7 anos de idade, altura em que também foi crismada. Foi quando completou 8 anos de idade, que os seus pais decidiram que ela iria viver com os seus padrinhos de batismo, a sua Madrinha de seu nome Helena Correia e seu padrinho, que era pai desta, o Sr. Correia, nome pelo qual era chamado e conhecido pelas gentes da terra. Assim foi, e mudou-se para a aldeia de Edroso do Concelho de Macedo de Cavaleiros, terra onde os seus padrinhos viviam. Foram estes, que sempre incentivaram e cultivaram em si valores morais e humanos, mostrando por si sentimentos de ternura, afetividade e preocupação com o seu bem-estar e educação, como se de verdadeiros pais se tratasse.
Sempre lhe ensinaram que devemos ser humildes e bondosos com as pessoas que estão à nossa volta, que devemos ter fé em Deus, e seguir um caminho dentro dos valores da fé e da cristandade.
Foram os seus padrinhos que lhe ensinaram a ter fé e respeito por Deus e pela Virgem Maria. A poucos metros da casa dos seus padrinhos, viviam duas irmãs que ornamentavam os altares da igreja, e faziam as hóstias, de vez em quando convidavam-na para as ajudar nessas tarefas da Igreja, ao que esta acedia sempre com a maior das alegrias e satisfação, pois era uma coisa que lhe dava muito prazer e a fazia muito feliz. Foi com estas duas irmãs que aprendeu as orações que ainda hoje reza e diz várias vezes ao dia, e foi também com estas que reforçou a sua fé e o seu respeito para com Deus Nosso Senhor e para com Nossa Senhora.
Eram duas Senhoras muito crentes em Deus e transmitiram-lhe toda a sua crença e fé. Depois de uma semana de escola, era habitual no fim-de-semana ao acordar ir ter com os seus padrinhos, ajudar nas lides dos campos, altura em que aproveitava para no caminho dizer as suas orações, e para falar com Deus.
Ao longo da sua vida, passou por algumas dificuldades, que puseram à prova a sua fé, entre elas, está a doença do seu filho. Foi então, que, depois de percorrer o País de Norte a Sul e ter consultado vários médicos, tendo ido até a Espanha, por indicação de amigos, e não tendo encontrado solução para o problema, pediu a Nossa Senhora dos Milagres que lhe cura-se o seu filho e lhe mandaria fazer uma capelinha. A promessa que fez foi no sentido, de que se o seu pedido (curar o seu filho do problema que este tinha) fosse atendido, mandaria fazer uma capelinha a Nossa Senhora dos Milagres, e mandaria dizer uma missa campal. Foi só depois de esta se ter realizado, que pode constatar que tinha sido ouvida, o seu pedido tinha sido atendido por Nossa Senhora dos Milagres; o seu filho estava curado.
Sempre foi uma pessoa de fé, que deixa as suas orações em todos os sítios por onde passa, sendo uma pessoa recatada e reservada, gosta de entrar nas igrejas e rezar sozinha, bem como falar com Nosso Senhor e Nossa Senhora.