Qua, 14/02/2018 - 10:26
Olá familiazinha!
Nos últimos dias a nossa região foi notícia em vários órgãos de comunicação social, devido ao alerta amarelo das temperaturas de -7º que atingimos. Por isso mesmo perguntamos à nossa família se este seria, realmente, um Inverno muito rigoroso. Muita gente nos respondeu que ainda é do tempo de viver em casas sem forro, como é o caso da tia Rita, de Vale Frades (Vimioso), que nos contou que uma noite dormia com as suas irmãs e acordaram com um peso grande em cima dos cobertores, devido à neve “furaqueira” (puxada a vento) que entrava pelo telhado. Outros contaram-nos que tinham que dormir com o guarda-chuva aberto em cima da cama para se precaverem da neve. Antigamente não tínhamos as comodidades que hoje existem, como por exemplo aquecimento central, ar condicionado, etc. e as pessoas desse tempo sentiam o frio muito mais do que agora, havendo semanas seguidas de neve e geada, quando se fazia dos pingarelhos de gelo os gelados de antigamente.
Na última semana estiveram de parabéns o tio Francisco (74), de Castelãos (Macedo de Cavaleiros), o tio Hilário (44), de Vale Gouvinhas (Mirandela), a tia Isilda (82), de Pinela (Bragança) e o tio Olímpio (66), de Vale de Lamas (Bragança). Esperamos que continuem a festejar o seu aniversário na nossa companhia.
E agora vamos à primeira viagem do ano da Família do Tio João, ocorrida no fim-de-semana gordo, em que visitámos alguns mosteiros da Rota do Românico, o Vale do Sousa, Valença (onde tivemos o baile de Carnaval) e, no domingo, fomos a S. Tiago de Compostela e Verin (Espanha).
Começámos a nossa viagem rumo a Amarante, onde tomámos o pequeno almoço. Acompanhados pelo nosso guia, Dr. Joaquim Costa, intérprete do património da Rota do Românico, visitámos o Mosteiro do Salvador de Freixo de Baixo, complexo monástico, implantado em fértil vale, composto por Igreja, torre sineira, vestígios do primitivo claustro e da primitiva galilé. Da construção românica subsiste a fachada da Igreja. Composto por três arquivoltas, o portal principal evidencia capitéis finamente esculpidos com animais e motivos vegetalistas. No interior, despojado e singelo, merece observação atenta a pintura a fresco que representa a cena da Adoração dos Reis Magos (ou Epifania), atribuída à oficina de Bravães, o Mosteiro do Salvador de Travanca, igreja monástica que se distingue, no contexto do património românico português, pelas invulgares dimensões, pela importância da sua ornamentação escultórica (ao nível dos capitéis) e pela extraordinária torre, onde se destaca o belo portal com um Agnus Dei (Cordeiro de Deus). Fundado na esfera de influência dos Gascos (tal como o Mosteiro de Vila Boa do Bispo, no Marco de Canaveses), Travanca constituiu, na Idade Média e muito além, um dos principais mosteiros masculinos do Entre-Douro-e-Minho e a Torre de Vilar que, mais do que uma construção militar, é um símbolo do poder senhorial sobre o território. Testemunha a existência de uma domus fortis (ou casa forte), uma residência senhorial fortificada no território do Tâmega e Sousa. Terá sido construída entre a segunda metade do século XIII e o início do século XIV. Segundo as Inquirições de 1258, “Sancte Marie de Vilar” era honra de D. Gil Martins e dos seus descendentes, da família dos Ribavizelas.
Cerca das 13:00h tivemos o almoço no Restaurante D. Aurora, em Penafiel, onde o tio Pinela, de Sacoias (Bragança) festejou os seus 74 anos, brindando todo o grupo com bolo e champanhe, seguimos depois para Valença do Minho, que é uma povoação histórica do norte de Portugal, localizada junto à fronteira com Espanha e rodeada de muralhas no alto de uma colina, onde fizemos compras e passeámos. O jantar de Carnaval foi no Hotel Lara, seguido de baile, com bar aberto.
No Domingo rumámos a S. Tiago de Compostela, porque “quem não vai lá em vida, vai lá em morte”, abraçámos o santo e assistimos à missa do peregrino. Depois de almoço seguimos em direcção a Verin, para participarmos no seu Carnaval.
E foi assim que se passou mais um fim-de-semana em família, onde entram passageiros e saem familiares.