Ter, 19/10/2021 - 09:09
Depois da vindima, cestos lavados. Com as vindimas findas há que fazer a aguardente ou o bagaço.
Em algumas terras chamam-lhe bagaço ou borras, ao cango e graínhas que ficam no lagar depois de retirar o vinho. Noutros locais chamam-lhe bagaço à aguardente propriamente dita. Depois da vindima, já o vinho repousa na pipa e o bagaço vai para o pote, para ser transformado em aguardente. Depois do vinho feito, ainda há mais para aproveitar daquilo que restou das uvas. Por isso, depois de retirado o vinho para os pipos, o bagaço é levado para o alambique ou pote onde se faz a aguardente.
Estou de luto por alguém que irá permanecer viva sempre no meu coração, pois aqueles que amamos nunca morrem. Alda Vieira, a minha Aldinha, partiu e deixou um grande vazio em todos aqueles que durante anos tiveram o privilégio de conviver com ela, nas mais de cem viagens que fez com a família, sempre doce, meiga e pronta ajudar, deixou-nos imensa saudade. Além de ser ouvinte e participante, era minha amiga de coração, vivemos momentos inesquecíveis, que guardarei para todo o sempre na minha memória! É mais um anjo no céu a cuidar de nós! Paz à sua alma!
Na semana passada assinalaram o seu aniversário connosco, José Carlos (85) Lagoa (Macedo de Cavaleiros); Palmira Vaz (78) Santa Valha (Valpaços); Irene Cubo (74) Caravela (Bragança); José Manuel Torrado (74) Constantim (Miranda do Douro); Moisés Fernandes (73) Uva (Vimioso); Ermesinda Delgado (67) Vilã Meã (Bragança); Irene Dias (53) Genísio (Miranda do Douro); Rui Santos (56) e o seu irmão Rogério Santos (44) Bragança; Carla Maria (33) Felgar (Torre de Moncorvo); Sónia Martins (32) Couto de Ervededo (Chaves); Ivo Domingues (30) Caçarelhos (Vimioso); Diogo Medeiros (28) Nuzedo de Baixo (Vinhais); Luís Ferreira (22) Bragança. Que continuem a festejar a vida connosco.
Estamos no tempo da apanha das abóboras, como mostra a foto da tia Esperança Palas, de Fradizela Mirandela. Nas nossas conversas radiofónicas viemos a saber que na região de Mirandela e Valpaços às abóboras chamam-lhe cabaças. Já no concelho de Vila Real, segundo nos contou o tio Moura de Borbela, Vila Real, chamam-lhe calondros. O nome científico da abóbora é cucurbita, do género botânico da família das cucurbitas, que também é composta pelo melão, melancia, curgetes, pepino e chuchu. No mundo das abóboras há várias espécies, nós aqui chamamos-lhe abóbora porqueira, que é fundamental para alimentar e sebar os porcos, é também utilizada para fazer a célebre compota. A abóbora menina e jerimum são utilizadas para a sopa e para fazer filhós. Quem deixou a família de boca aberta foi a tia Neves de Nuzedo de Baixo, Vinhais, que nos disse que faz folar de jerimum, substituindo assim os ovos, segundo ela, poucos são os que notam a diferença, diz que o marido é mais apreciador do folar de jerimum do que do normal, embora ela faça dos dois. Há quem faça também puré para acompanhamento de carnes ou a asse no forno.
A tia Albertina dos Couços, Mirandela, e o tio Rebelo, de Real Côvo, Valpaços, põem à chouriça de cozer, abóbora e intitulam-nas de chouriças de cabaça. A abóbora é utilizada em muitas receitas culinárias que tem como principal vantagem o pouco carboidrato e ser baixa em calorias. Coscuvilhando na internet, no site “Tua saúde” fiquei a saber de alguns benefícios da abóbora para a saúde. Melhora a saúde dos olhos, previne rugas e melhora a pele, por ser rica em vitamina A e carotenóides. Aumenta a sensação de saciedade devido à presença de fibras. Fortalece o sistema imunológico por ser rico em vitamina A e C. Para obter esses benefícios deve ser consumida acompanhada de uma alimentação saudável e equilibrada. Há quem faça das abóboras arte, como no caso da festa das bruxas, mais conhecida por Halloween.
Em alguns sítios fazem-se concursos da abóbora maior e mais pesada. O Luís Correia, de Mós, Bragança, emigrado na Alemanha, em Brémen, participa há vários anos num concurso desse tipo, chegando a haver abóboras de centenas de quilos. Como na semana passada um dos temas do programa foi a abóbora, o Carlos Pássaro (Carlos da Grua), a residir em Zurique, na Suíça, visitou a festa da abóbora e disse-nos que a festa era linda, um mundo de abóboras, onde se fez arte com diferentes variedades, tamanhos e cores de abóboras, como retratam as fotografias que nos enviou. Em Outubro a abóbora é rainha!