class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-node page-node- page-node-162264 node-type-noticia">

            

Lutas de touros reinam nos Chãos

Ter, 20/09/2005 - 15:39


As lutas de touros são o ponto alto das festas da Nossa Senhora da Agonia, que decorreram, durante a semana passada, na aldeia dos Chãos, no concelho de Bragança.

Este ano, milhares de pessoas concentraram-se na localidade para assistiram a seis lutas de touros, entre os quais animais mirandeses e charoleses.
Os criadores são aliciados pelo prémio de 150 euros que é atribuído ao touro vencedor, pelo que costumam aderir à festa ano após ano.
Já os forasteiros que assistem à chega destes animais de grande porte vibram durante a luta entre os diferentes animais, ao mesmo tempo que vão comentando as características e o porte dos touros tipicamente transmontanos.
Aliando a inovação à tradição, a prova de BTT foi a novidade das festas deste ano, dado que a Associação de Fiéis da Nossa Senhora da Agonia (AFNSA) procura trazer coisas novas aos Chãos, para cativar cada vez mais pessoas àquela festa tipicamente transmontana.
A par da prova de BTT, os jogos tradicionais e o torneio de sueca são as actividades que animam os forasteiros durante os 10 dias das comemorações festivas, em honra da Nossa Senhora da Agonia.

Quebra no negócio

Mas, nem tudo correu pelo melhor. Os taberneiros que costumam alugar os bares à AFNSA, durante as festas, mostraram-se descontentes com a quebra do negócio, que associam à proibição do jogo da batota.
“Este ano, o negócio caiu para metade. Vamos ver se consigo arranjar dinheiro para pagar aos empregados e aos fornecedores e já nem estou a contar com o meu ordenado”, lamenta o taberneiro sazonal, António Alves.
Este negociante das Festas da Nossa Senhora da Agonia realça, ainda, que é contra a proibição do jogo da batota durante os 10 dias da festa, uma vez que “a batota é a tradição mais antiga dos Chãos”.
O representante da AFNSA partilha da mesma opinião e, apesar de reconhecer que a batota é um jogo ilícito, defende que seja criada uma excepção para os dias em que decorrem as festas dos Chãos.
Apesar desta aldeia transmontana ter recebido a visita de milhares de pessoas durante os dias de festa, o volume de vendas nas tabernas esteve abaixo dos anos anteriores. Esta realidade leva os taberneiros sazonais a repensarem o aluguer daquele espaço no próximo ano. “Eu costumo participar nestas festas há 11 anos, mas para o ano já nem estou a pensar vir e só espero não ter que ir buscar dinheiro ao banco para fazer face a todas as despesas”, concluiu António Alves.
Já Armando António, um ex-apostador, tem uma posição diferente em relação ao jogo da batota e defende a proibição deste jogo, que considera “um vício muito perigoso”.