Ter, 27/12/2022 - 09:43
Quer isto dizer que os carrazedenses continuam a beber a água do rio Tua, que é transportada, em camiões- -cisterna, abastecendo o concelho, desde o começo de Setembro. Se não fosse este transporte, que permitiu que a barragem não se utilizasse, a albufeira teria entrado em ruptura no final do mês de Outubro. No começo deste mês a barragem chegou a estar com menos de 10% da capacidade total (mil milhões de litros). Apesar de tudo, o nível de água na barragem já ter parou de descer, mas, ainda assim, o transporte, a partir do Tua, vai continuar durante o mês de Janeiro. Ainda que a chuva abundante dos últimos dias tenha invertido a tendência de descida, é preciso cautela. O presidente da câmara de Carrazeda de Ansiães, João Gonçalves, diz-que “a situação é de algum alívio mas não é de sossego”. “Não podemos baixar a guarda e temos que continuar a acompanhar a situação, ainda com alguma preocupação”, vincou o autarca, que assume que há preocupação a curto prazo mas que a época de Verão é também já algo em que tem que se pensar, daí a cautela. Todos os dias úteis, pelo menos durante o próximo mês, serão de aporte de água. Cerca de 900 mil litros de água, desde o rio Tua, chegarão, diariamente, à barragem da Fontelonga, conforme o contrato que foi estabelecido. “Já ultrapassámos metade desse contrato mas ele vai, em princípio, estender-se durante o mês de Janeiro e não vejo razão para pararmos já dado que o nível da albufeira ainda não nos permite ter segurança”, esclareceu João Gonçalves. Carrazeda de Ansiães foi o único concelho do país a necessitar de ser abastecido de água na sua totalidade por camiões-cisterna.