Ter, 19/04/2016 - 10:02
Neste mês de Abril, já tivemos vinte novas matrículas na universidade da vida. Vinte pessoas que falaram, pela primeira vez, para o programa «Bom Dia, Tio João». Infelizmente, também houve quatro que se calaram para sempre. Tantos anjinhos os acompanhem como vezes falaram connosco. Forão eles o tio Domingos de Outeiro, o tio António Lousada (o Piloquinhas), a mãe da tia Silvina e o tio Victor da Edrosa.
Esta semana, na nossa página, apresentamos o livro de Eduardo Silvino Fernandes, sobre as origens pré-históricas da aldeia do Castro de Avelãs, no concelho de Bragança, transcrevendo algumas passagens e uma fotografia incluídas nesse trabalho.
A aldeia de Castro de Avelãs situa-se na garganta do vale do rio Fervença, com suas margens bastante arborizadas e campos húmidos, planos e verdejantes tornando-a agradável aos olhos dos visitantes.
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O nome da atual povoação de Castro de Avelãs, teria origem nos castros militares aqui edificados pelos Zoelas e Zoelo-romannos distanciados um do outro, pouco mais de um quilómetro, praticamente separados pelo rio Fervença que nas suas margens, a montante, possuía imensas avelãzeiras e até bosques dessas árvores que produziam muitos frutos. Ainda hoje podemos ver algumas dessas árvores no lugar conhecido por avelãs.
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Foi na época pré-histórica que os Zoelas a esta terra chegaram e por ela se encantaram, um castro militar construíram e nele habitaram.
Depois os primeiros romanos chegaram e a eles se juntaram, outro castro se ergueu e outro povoado nasceu, sua gente das avelãzeiras tratou e seus frutos colheu, na alimentação os utilizou e comercializou e o povo ao comércio das avelãs o castro juntou e o povoado por Castro de Avelãs conhecido ficou.
Mas o tempo foi passando e outros povo chegando, o lugar a todos encantou e um templo se levantou, a cobiça aumentou e o inimigo atacou, mas o povo clamou e orou, Deus o ajudou, protegeu e o inimigo venceu. Entre os castros a água do Fervença corria e o peixe sorria, tudo tinha sua graça. Os campos verdejantes, soutos, prados, matas e seus habitantes que lutavam pela terra que amavam. Foi naquele outeirinho e naquele povoado que muitos cristãos nasceram, cresceram, lutaram, sofreram, choraram e morreram, em defesa da fé que professaram. Esta é a história deste povo, ao qual os castros e a natureza o nome lhe deram e os homens, de Castro de Avelãs com esse nome o povo batizaram, e para sempre o imortalizaram.”