Ter, 31/10/2006 - 16:56
Gil Manuel Vieira Azevedo é o presidente do Carção, um jovem ávido, que luta pela sobrevivência de um Histórico da Associação de Futebol de Bragança. O presidente confessa que “há muitos elementos na direcção que poderiam tornar o clube mais forte, mas poucos trabalham”. Numa aldeia com pouca gente, “as pessoas, no início estão dispostas a ajudar, mas quando chega a hora ninguém tem tempo, o que é compreensível, pois têm o trabalho para honrar”. O clube, também, não tem recursos financeiros para ter pessoas a tempo inteiro, daí que sejam os poucos elementos da direcção a fazerem tudo.
A colectividade tem como incumbência cativar a maior parte de atletas do concelho, sendo bastante difícil, pois existem três equipas. Não obstante, competem no CDC dez atletas do concelho de Vimioso, quatro de Vinhais e dois de Bragança. Deste modo, o clube compreende dezasseis jogadores, com 65, 5 por cento dos atletas a serem do município vimiosense.
Dados estatísticos bons, pois identificam os jogadores com a terra e vice-versa, criando uma harmonia excelente entre o clube e toda a aldeia.
A equipa do Carção tem bons valores individuais, o que pode permitir sonhar com uma época espectacular e como disse Gil, o presidente / jogador, “contrariar o desempenho da época transacta, embora fosse um ano de reestruturação”.
O clube está sólido financeiramente, com receitas dos subsídios da Câmara Municipal de Vimioso, da Junta de Freguesia, dos sócios e de algumas empresas. É certo que o capital atribuído pelo poder autárquico é pouco, mas o clube gere os apoios com noção da realidade circundante.
A filosofia e vocação deste clube consiste em manter o clube activo, para dar outra dinâmica à aldeia, levar o nome da aldeia a variados sítios – com orgulho e dignidade e oferecer à população de Carção um Domingo diferente, para “além da sueca no café”.
O CDC tem na acta da nova época a realização de um campeonato tranquilo, sem loucuras da subida. Contudo, o compromisso será a principal arma de todo o grupo de trabalho, que disparará com responsabilidade e fair-play em todos os campos de jogo.
A colectividade auto – define-se como um grupo simpático, acolhedor e respeitador, mas aguerrido na defesa da sua cultura desportiva.