Olá familiazinha! Estamos a viver a semana da Páscoa depois de algumas das nossas casas já terem recebido a visita de Jesus Ressuscitado na, ainda, visita pascal, havendo também outras localidades em que a visita pascal se faz tradicionalmente no próximo Domingo de Pascoela.
Chegou a hora de vos confidenciar que, dos 8 aos 14 anos, fui sacristão do saudoso cónego Ruivo, juntamente com o meu ‘professor’ de sacristia e meu vizinho na Rua Nova, Teófilo Machado, com quem aprendi a ajudar à missa e também a tocar os sinos da igreja da Sé. Conclusão: também fui sineiro! Tocava antes das missas dominicais, repicando quatro sinos ao mesmo tempo. Aprendi ainda a tocar a sinais, para anunciar a morte de alguém. Lembro-me ainda que tocando três vezes, com um intervalo de alguns segundos era para anunciar a morte de um homem; se fossem só duas vezes seria uma mulher que teria falecido. Também era usual, enquanto decorria o cortejo fúnebre de algumas pessoas mais abastadas, ser tocada a marcha fúnebre com os quatro sinos. Ainda me estão a saber bem os 20 escudos que me dava o saudoso Monteiro da funerária para estar a tocar os sinos até perder de vista o cortejo. Penso que a última vez que toquei a marcha fúnebre foi a 21 de Abril de 1987, no funeral do meu avô. Nunca mais me lembro de ter tocado mais vezes nem de que alguém o tenha feito. Esta semana vamos falar da importância do sino nas nossas terras.