Boas festas que nos dão os Reis

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Ter, 09/01/2018 - 15:39


Olá familiazinha!
Diz o povo e com razão que nós, por cá, ainda vamos vivendo no cantinho do céu, visto que, dos furacões de nomeada, só tem chegado cá a “pontinha de uma unha”. Na primeira semana do ano tivemos 220 participações, o que é o record de sempre, tendo registado no primeiro dia do ano 64, todas elas com o brilho do ano novo em que todos desejaram a todos um melhor ano. Até à data já se apresentaram à nossa família onze novos membros. Também foram já muitos os que não deixaram cair a tradição e nos cantaram os Reis, não à nossa porta, mas ao nosso ouvido e ao nosso coração, entre eles a tia Silvina e o Tio Agostinho que aqui deixamos reproduzidos, sendo que os Reis vão continuar até ao dia 20 de Janeiro, dia de S. Sebastião.
No que respeita a aniversários, no dia 1 estiveram de parabéns os irmãos José António, que fez 39 anos e o José Manuel fez 36, de Cabeça Boa (Bragança).
Também a tia Delfina e o seu pai, tio Canelhas, de Paradinha de Outeiro (Bragança) fizeram 63 e 86 anos, respectivamente. António Júlio, de Viduedo (Bragança) completou 86 anos, Sebastião Eira Velha, de Cernadela (Macedo de Cavaleiros) e a sua neta Matilde comemoraram no dia 4, 71 e 15 anos, respectivamente. Quem festejou à grande o seu aniversário com a família foi o tio António Cavalheiro, de Vilarandelo (Valpaços), que nos brindou nesse dia com as orações da manhã, baseadas na sua própria vida. Para todos parabéns e muita saúde.
E agora, as boas festas que nos deram os Reis.

No passado sábado, pelo terceiro ano consecutivo, estivemos a fazer o Bom Dia Tio João, da Rádio Brigantia, em directo da Casa de Turismo Rural de Salsas, para promovermos a festa dos Reis, com grande tradição nesta localidade e com a curiosidade de este ano ter sido mesmo no dia de Reis. Este ano desfilaram pelas ruas de Salsas os grupos de caretos da casa, de Vila Boa, de Grijó de Parada, Parada e Pinela. Também entraram na festas os grupos de mascaradas Velhas de Murçó, Chocalheiro de Bemposta, Velho de Valverde, Mascarados de Santulhão, Farandulo de Tó, Visparros de Viga da Sanábria e Jurrus Alija del Infantado (estes dois últimos de Espanha).
Às 18:30 horas foi queimado o ano velho, ao que se seguiu o jantar comunitário e a actuação das Concertinas Brigantinas.
É pena que já não haja grupos espontâneos a cantar-nos os Reis à porta, como se fazia na minha criação. Segundo nos contou a tia Leonor, de Izeda (Bragança), o grupo coral da vila cantou porta-a-porta, durante cinco dias, os Reis a quem os quis ouvir e cada vez menos as pessoas pagam com chouriças e salpicões, mas sim com “fumeiro de algibeira” e é com esses reis que vão melhorando a igreja e adquirindo novos instrumentos para o grupo coral.
A tia Maria Lúcia, de Pinelo (Vimioso), recordou-nos que antigamente iam a cantar os Reis de porta a porta com um fachuço de palha a arder para alumiar.