Sete navalhadas na colega

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Ter, 06/09/2005 - 14:38


Uma mulher de 42 anos agrediu com sete navalhadas uma sua colega de trabalho, no momento em que entravam ao serviço para fazer a limpeza no Auditório Municipal de Mirandela.

Após a agressão, a navalhista colocou-se em fuga, deixando a vítima no chão a esvair-se em sangue, que foi socorrida por um outro funcionário que chamou os bombeiros que a transportaram ao hospital. A PSP identificou a agressora em casa desta e recuperou a arma do crime: uma navalha.
Conceição Mós, 41 anos (vítima), e Amélia Lopes, 42 anos, (alegada agressora) são Técnicas Auxiliares de Serviços Gerais da Câmara de Mirandela, colocadas no Auditório Municipal. Na cama do hospital a vítima contou ao Jornal NORDESTE como tudo aconteceu. “Há mais de dois anos, ela ameaçou-me com uma cadeira e que me matava com o carro, mas nunca passou de ameaças e nunca lhe liguei importância”, recorda.
Conceição Mós diz não saber o porquê de ter sido esfaqueada. “Na véspera a nossa chefe definiu o serviço de limpeza (coisa que a Amélia não gosta de fazer) para cada uma. Quando abri a porta ela insultou-me com nomes feios e quando entramos para o hall do auditório, por trás, mandou-me uma facada nas costas”, relembra a vítima, e acrescenta: “Quando vi o ombro a sangrar daquela maneira tentei defender-me, mas quanto mais eu me virava, mais ela me espetava a navalha. Fez-me mais seis buracos, sem que tivesse possibilidade de reagir”.

Agressora fugiu

Conceição Mós recorda que “só me apercebi da navalha quando ela me deu a primeira facada, porque caso contrário tinha-me prevenido. Quando caí no chão ela fugiu e nunca mais a vi. Fui socorrida por um colega que também chamou a PSP”, explicou.
A vítima afirma que, logo que saia do hospital, vai apresentar queixa no Ministério Público. “Quero levar isto até às últimas consequências. Ela tinha planeado fazer isto, porque não acredito que ande todos os dias com uma navalha (com cabo de pau) de homem na carteira. A ideia dela era mesmo matar-me”, assevera.
O Jornal NORDESTE tentou contactar Amélia Lopes para ouvir a sua versão dos factos, mas tal não foi possível. A PSP de Mirandela elaborou o auto e encaminhou-o para o Ministério Publico. Não houve lugar a detenção por não ter havido flagrante delito. Conceição Mós encontra-se a recuperar no hospital, mas livre de perigo.