Seguradoras previnem choques em cadeia

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Ter, 29/11/2005 - 16:04


A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) accionou hoje o protocolo para a regularização de “choques em cadeia”, após o acidente que na sexta-feira passada envolveu cerca de setenta viaturas e causou pelo menos quatro vítimas mortais.

A julgar pelos custos médios dos anteriores “choques em cadeia” regularizados com base neste Protocolo, o acidente de sexta-feira passada poderá envolver um volume de indemnizações próximo de um milhão de euros.
Este protocolo, criado pelas seguradoras há mais de três anos, estabelece o procedimento a adoptar em caso de ocorrência de um choque em cadeia que envolva 25 ou mais veículos e em que com razoável grau de certeza não seja possível determinar o responsável pelo acidente.
O mecanismo permite acelerar significativamente o ressarcimento das vítimas neste tipo de sinistros, ajudando também a minorar a conflitualidade, uma vez que ultrapassa as dificuldades associadas ao apuramento de responsabilidades, que é nestes casos sempre muito complexo.
Não estando a indemnização das vítimas dependente, à priori, do apuramento de responsabilidades, cada seguradora regulariza os danos patrimoniais e não patrimoniais relativos aos veículos que seguram e respectivos ocupantes, incluindo o condutor, sendo este o princípio aplicado mesmo quando as apólices não têm qualquer cobertura de danos próprios. Posteriormente, e já depois de pagas as indemnizações aos lesados, as seguradoras repartirão entre si os custos em função de critérios específicos, entre os quais o número de veículos envolvidos e seguros em cada uma.
Ainda em relação ao protocolo, importa referir que não são abrangidos por este sistema expedito de regularização os danos sofridos por veículos não sujeitos à obrigação de segurar ou sem seguro válido. Cairão, também, fora do âmbito deste processo de regularização os casos em que os lesados não aceitem as propostas de indemnização formuladas pelas seguradoras e pretendam recorrer à via judicial.