Obras de Serralves em Bragança

Trata-se de 19 trabalhos de 12 artistas abstraccionistas que encabeçaram o movimento “revolucionário” dos anos 60 e puseram em questão os valores tradicionais da arte.
Estes artistas ultrapassaram as regras instituídas e estabeleceram caminhos para a novidade, para redefinirem uma nova concepção da pintura.
Nesta exposição o espectador é convidado a descobrir “as novas soluções apontadas e percursos traçados”.
O introdutor da abstracção em Portugal, Fernando Lanhas, é um dos artistas representados nesta mostra. Este pintor apresenta uma obra com contrastes de cor entre o azul e o rosa, que significam as referências cromáticas que o autor encontra na natureza.
Já Joaquim Rodrigo, que também representa uma obra abstracta, aposta nas representações de triângulos que “abrem uma inesperada profundidade”.
A utilização de spray industrial, utilizado nos graffiti de rua, para criar obras de arte é adoptada por António Sena, enquanto Jorge Martins trabalha sobre a luz.
A crítica da pintura é materializada por Helena Almeida, através do uso disfuncional dos seus suportes, transformando a tela e a grade de madeira em janelas inesperadas que constroem o quadro.
Esta mostra, patente ao público até ao final do mês, é composta, ainda, por obras da arte abstracta de Eduardo Nery, Ângelo de Sousa, António Palolo, Manuel Baptista, Jorge Pinheiro, Júlio Pomar e Nikias Skapinakis.