Ter, 06/12/2005 - 14:39
A inauguração do equipamento, orçado em cerca de 1,5 milhões de euros, decorreu na passada quarta-feira, já com o serviço de internamento e atendimento permanente assegurados nas instalações antigas.
“O funcionamento destes serviços no antigo Centro de Saúde é uma boa solução, que é possível devido à contingência entre os dois edifícios”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo (CMTM), Aires Ferreira.
Para que o serviço de internamento não fosse encerrado na vila, foi celebrado um protocolo entre a autarquia local, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) e a Santa Casa da Misericórdia.
Em termos práticos, a CMTM vai dar uma comparticipação financeira mensal de três mil euros e suportar os custos do aquecimento, ao passo que a Misericórdia reduziu a renda e assegura o pessoal auxiliar. A ARSN, por seu lado, garante o pessoal médico e de enfermagem.
Internamentos podem reabrir
A população mostra-se satisfeita com a abertura do novo Centro de Saúde, uma vez que as antigas instalações já não tinham capacidade para dar resposta aos cerca de 10 mil habitantes do concelho, na sua maioria idosos.
Apesar da falta de médicos que se faz sentir no interior do País, o director do Centro de Saúde de Moncorvo, Albérico Pires, garante que, neste momento, o número de profissionais é suficiente para atender todos os utentes.
“ Temos seis médicos e 12 enfermeiros, mas poderíamos melhorar o atendimento se tivéssemos mais um médico”, acrescentou o responsável.
Nesta nova unidade de saúde vão funcionar os serviços de ambulatório, saúde materna, vacinação, radiologia, nutrição, serviço social, psicologia e psiquiatria.
Ao nível dos equipamentos, Albérico Pires assegura que faltam, apenas, alguns ajustes na parte da radiologia, bem como adquirir equipamento para o serviço de saúde oral.
No que toca ao internamento, a recém-empossada coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança, Berta Nunes, realça que Moncorvo deve servir de exemplo para outros concelhos do Nordeste Transmontano, onde este serviço foi encerrado.
“Está para sair uma legislação que reorganiza todos os cuidados e que prevê camas de agudos e camas para estadia mais longa nas Unidades de Cuidados Continuados. Por isso, penso que vai haver condições para reabrir alguns internamentos”, concluiu a responsável.