Mascararte desfila nas ruas de Bragança

PUB.

Ter, 06/12/2005 - 16:50


Caretos, mascarados e gaiteiros da região e de Angola animaram, ontem, as ruas de Bragança, durante a abertura da segunda edição da Mascararte – Bienal da Máscara, que decorre até ao próximo dia 15.

Diversas pessoas tiveram oportunidade de apreciar as máscaras, vestimentas e músicas típicas da região, e este ano, excepcionalmente, de Angola. Na opinião de alguns curiosos, este evento é muito importante para a cidade, já que as tradições devem ser mantidas.
A cultura angolana foi a escolhida, segundo um dos organizadores do evento, Luís Canotilho, pois cada bienal é representativa de um país. “Este ano surgiu a ideia de um país de língua portuguesa e como se comemoram os 30 anos da independência de Angola, optámos por este país africano.”
O desfile, além de diversas individualidades da cidade, contou ainda com a presença do conselheiro cultural da Embaixada de Angola, Luís Kandjimbo, que sublinhou a importância da iniciativa. “É uma forma de trazer a cultura africana ao interior de Portugal”, defendeu o responsável.

Semelhanças à distância

Na óptica de Luís Kandjimbo, “existem muitas semelhanças entre os mascarados portugueses e os angolanos”, o que demonstra que, “apesar da distância, somos muitos parecidos culturalmente”.
A II Bienal da Máscara, em que a Câmara Municipal de Bragança (CMB) é uma das principais entidades promotoras, visa projectar a identidade e cultura do Nordeste Transmontano.
Segundo o presidente da CMB, Jorge Nunes, a promoção cultural é muito importante, pois “ao divulgar os usos e costumes, dinamizamos, também, a nossa economia”.
Na perspectiva do edil, do ponto de vista económico, a região não dispões de recursos em abundância, pelo que “têm que se aproveitar bem os aspectos relacionados com a cultura e património para daí tirar dividendos e melhorar, consequentemente, a vida das populações”.