Educação Especial com futuro incerto

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Ter, 06/12/2005 - 16:38


O Centro de Educação Especial (CEE) de Bragança pode conhecer um novo rumo até final do mês. Esta foi a resposta que os dirigentes da FENPROF e do Sindicato de Professores do Norte (SPN) receberem da directora distrital da Segurança Social, Teresa Barreira, durante uma reunião que decorreu na passada sexta-feira, em Bragança.

Segundo o dirigente da FENPROF na área da Educação Especial, Vítor Gomes, a responsável assegurou que já foram feitas várias reuniões com a tutela, estando prometida uma decisão sobre o futuro do CEE até ao final deste mês.
O dirigente confessa que é urgente definir quem vai gerir o CEE, no futuro, e em que situação vão ficar os profissionais que trabalham naquela instituição.
Segundo Victor Gomes, Teresa Barreira defendeu, durante a reunião, a permanência da instituição sob tutela do Estado, em vez da passagem para gestão privada, nomeadamente através duma Instituição Particular de Solidariedade Social.

Integrar deficientes

“Há 15 anos que o CEE aguarda uma solução da tutela. Neste momento, já não tem a carta de escolarização, que foi passada, desde 1993, para as escolas normais, pelo que os alunos são todos adultos”, salienta Vítor Gomes.
Tendo em conta que o equipamento já perdeu o estatuto de escola para deficientes, o dirigente defende que deveria passar a ter diversas valências, tais como emprego protegido para integrar deficientes no mercado de trabalho, centro ocupacional e valência residencial.
Apesar do Governo ainda não ter dado um parecer definitivo sobre o rumo que vai ser dado ao CEE, Vítor Gomes afirma que já foram dadas garantias que os 62 funcionários da instituição vão continuar a exercer os seus cargos, mesmo que, para tal, tenham que frequentar formação acrescida.
Recorde-se que o CEE de Bragança é o único estabelecimento de ensino nesta área em todo o distrito e, neste momento, acolhe 86 utentes, em internato e em semi-internato, com idades entre os 16 e os 60 anos.