Ter, 20/12/2005 - 14:47
Esta proposta foi aprovada, ontem, em Assembleia Municipal e contou com o apoio da maioria dos partidos com assento naquele organismo, à excepção do Partido Socialista (PS) que justificou a abstenção dizendo que aquela proposta não é ”séria”.
Os socialistas consideram estranha a posição da CMB, dado que enquanto o PSD estava no Governo nunca apresentou nenhuma proposta para pedir o arranque das obras de ampliação do hospital.
O edil bragançano e os partidos da oposição, exceptuando o PS, visitaram as instalações do Hospital Distrital de Bragança (HDB), na passada sexta-feira, para conhecerem de perto as condições em que são atendidos os utentes.
No final da visita o presidente da CMB, Jorge Nunes, garante que as condições de funcionamento do hospital são precárias, dado que aquela infra-estrutura precisa de obras desde 1999, altura em que o Governo decidiu avançar com o projecto de ampliação e remodelação das instalações.
Obra encravada
“Esta é uma necessidade que já tem 15 anos e foi reconhecida por governos de diferentes partidos que mandaram elaborar um projecto de ampliação e modernização que custou mais de 1,2 milhões de euros e cujo valor global de investimento foi estimado em cerca de 40 milhões de euros”, salientou Jorge Nunes.
Com o passar dos anos as condições do hospital foram-se agravando e, neste momento, o serviço de consulta externa encontra-se espalhado pelos diferentes pisos, ao passo que a parte de medicina interna está misturada com o serviço de cirurgia.
Na óptica do presidente da CMB, as obras que foram anunciadas pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, aquando da visita a Bragança são para “tapar buracos”, dado que não vão resolver o problema com que se deparam os utentes e os funcionários diariamente.
O facto do PS não apoiar esta iniciativa não preocupa Jorge Nunes que afirma que este é um problema de todos os cidadãos e não uma questão política.
O edil bragançano mostrou-se, ainda, indignado pelo facto do ministro da Saúde ter alegado falta de recursos financeiros para anunciar o chumbo do projecto de ampliação do HDB, quando no dia seguinte anunciou a construção de três novos hospitais para a zona metropolitana de Lisboa.
A proposta apresentada pela CMB reivindica, ainda, que as obras de ampliação tenham início de imediato, para que este problema seja resolvido no menor espaço de tempo.
Caso o Governo não dê qualquer resposta a esta proposta, em Fevereiro do próximo ano a Mesa da Assembleia Municipal irá analisar novamente este enigma.