Balbina Mendes lança livro

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Ter, 13/12/2005 - 15:11


A delegada Regional da Cultura do Norte, Helena Gil, e o jornalista Jorge Massada vão apresentar, na próxima sexta-feira, no Palácio da Quinta da Boieira (Vila Nova de Gaia), o livro “Margens Douro, Nascente Foz”, da pintora transmontana Balbina Mendes.

Trata-se de um trabalho composto por 50 quadros sobre o Douro, acompanhados de textos literários de cerca de duas dezenas de autores portugueses e espanhóis.
A obra, com carácter bilingue, acompanhará a exposição itinerante com o mesmo nome, a qual terá início em Janeiro de 2006 em Sória (Espanha) e terminará em Dezembro no Porto. Toda a obra é um testemunho da beleza inigualável do rio Douro e das suas margens, desde o lugar exacto onde nasce o rio, os Picos de Urbion (Espanha), até à sua Foz, no Porto, numa extensão de 900 quilómetros.
Os castelos, os palácios e as escarpas do lado espanhol são completados com as arribas, os socalcos e as manifestações da fé e do trabalho humano do lado português.

O rio e as gentes

Baseado numa visão global da pintora, fruto de conhecimento e sensibilidade, que vai desde o rio e as margens, às tradições e viveres das suas gentes, foi possível a Balbina Mendes desenhar "um fio condutor" que permite sintetizar para as gerações futuras, a leitura da riqueza de todo este património, sujeito como tantos outros, às consequências da imparável intervenção humana, em "prol do desenvolvimento".
Não menos sugestivos são os textos de poetas e escritores como Miguel Unamuno, António Machado, Gustavo Becquer, Manuel Andarilla Navajo, Miguel Torga, Guerra Junqueiro, Teixeira de Pascoais, Sant´Ana Dionísio, Manuel Mendes, Alves Redol e Raul Brandão, entre muitos outros.
Esta obra, que por coincidência é lançada dois dias após a passagem do 3º aniversário da Proclamação do Douro Património Mundial pela UNESCO, pode bem ser considerada como a melhor resposta da sociedade civil (no caso por uma das mais talentosas pintoras transmontanas) ao desafio lançado, e que muitos preferiram ignorar, no sentido de consagrar, valorizar e promover o Douro e as suas paisagens com a dignidade que merecem.