AVC em discussão

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Ter, 20/12/2005 - 14:37


A doença cérebro vascular esteve em debate, na passada sexta-feira, no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros.

Organizado pela Unidade de AVC do Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros (HDMC) e pela Unidade de AVC do Centro Hospitalar de Vila Real e Peso da Régua (CHVR/PR), com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC), o I Encontro Transmontano de Unidades de AVC pretendeu ser um espaço de discussão e formação para médicos e enfermeiros.
Recorde-se que, no início deste ano, foi criada a Unidade de AVC do HDMC com o objectivo de colmatar uma falha visível no distrito de Bragança, que apresentava lacunas ao nível do tratamento da doença cérebro-vascular. O desenvolvimento do projecto contou sempre com o apoio da Unidade de AVC do CHVR/PR, assim como o impulsionamento deste encontro.
Após algum tempo de actividade, os responsáveis acharam pertinente realizar uma avaliação da Unidade e do seu funcionamento, aproveitando para isso promover este evento. A iniciativa é vista pelos coordenadores como uma oportunidade para a troca de experiências e conhecimentos numa área que preocupa todos os profissionais de saúde.

Principal causa de morte

A doença cérebro-vascular está na origem do maior número de mortes e incapacidade física, no nosso país, e é uma das principais causas de morte na União Europeia (UE).
O AVC caracteriza-se pela dificuldade, com maior ou menor intensidade, em fornecer sangue e os seus componentes a uma determinada área do cérebro, podendo provocar a morte da pessoa, ou perda / diminuição de algumas capacidades físicas.
A prevenção da doença baseia-se no combate dos factores de risco que o AVC acarreta, a pressão arterial (que representa a primeira causa da enfermidade), tabaco, uso excessivo de bebidas alcoólicas, diabetes, idade (quanto mais velha for a pessoa maior vai ser o risco), obesidade e sedentarismo, entre outros.
A doença cérebro-vascular manifesta-se de diferentes maneiras em cada paciente, dependendo da área do cérebro afectada, da dimensão da mesma, do tipo de acidente e do estado de saúde em geral do utente. Contudo, existem sintomas comuns à doença. Alteração na maneira de falar, dificuldades de expressão, perda da visão de um dos lados ou do campo visual de ambas, dor súbita de cabeça, vómitos, sonolência, confusão mental, são alguns deles, entre muitos outros.
A defesa do ser humano face a esta preocupante doença passa pela sua prevenção, pelo combate aos factores de risco e por um diagnóstico e tratamento urgentes, mal os primeiros sintomas surjam. Assim, iniciativas que abordem e debatam esta problemática são sempre importantes de forma a melhorar o sistema de saúde, a qualidade de vida dos doentes e combate a enfermidades que afectam tantas pessoas em todo o mundo.