Qui, 04/08/2022 - 10:47
A apresentação da última publicação do colaborador do Jornal Nordeste, vai estar a cargo do Presidente da Associaçon de la Lhéngua i Cultura Nirandesa, Alfredo Cameirão.
A partir de uma moeda seiscentista encontrada nas muralhas do Castelo de Moncorvo, Jorge Vilela e António Rebocho fazem uma “viagem” aos séculos XV e XVI para recordar os amores de Violante Gomes (a Pelicana) e D. Luís de Portugal, a chegada dos judeus sefarditas, vindos de Espanha de onde foram expulsos pelos Reis Católicos através da promulgação do Édito de Granada (também conhecido como Decreto de Alhambra ou Édito de Expulsão), a passagem por esta vila nordestina do Abade Pedro Álvares de Freitas (primo de Luís Vaz de Camões), da encarniçada perseguição aos marranos levada a cabo pela Inquisição e da romântica cena do casamento dos pais do Prior do Crato (D. António I Rei de Portugal e dos Algarves) na ermida da Senhora do Castelo, na Adeganha, sobranceira ao Vale da Vilariça, largamente retratado, sem esquecer o singular fenómeno da Rebofa.
Em mais de quinhentas páginas, José Mário Leite enaltece a terra de onde é natural e, romanceando, faz uma descrição histórica da vida quotidiana de Torre de Moncorvo, centrada nos séculos XV e XVI, com chamadas ao século XIV (o célebre Alardo da Vilariça liderado por D. João I e Nuno Álvares Pereira) com a visão contemporânea de um moncorvense (Jorge Vilela) e, sobretudo, de um seu amigo tripeiro (António Rebocho).