Uma desgraça nunca vem só

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A pandemia Covid 19 constitui uma imensa desgraça para a Humanidade ainda que haja quem assevere que traz benefícios vitais para o Planeta, considerando a diminuição das emissões de carbono e a mitigação das correlativas alterações climáticas. Melhor seria, ainda sim, que todos os povos da Terra aprendessem a viver de forma mais equilibrada, de uma vez por todas. Infelizmente as nações são maioritariamente governadas por gente de má vontade que não se move pelos melhores propósitos. Os regimes totalitários, todos de inspiração comunista ou islamita, regem-se por leis desumanas e os democráticos chafurdam no vício e na corrupção. O pequeno Portugal não foge à regra, com a agravante de que outras desgraças de natureza política e administrativa interagem negativamente com a desgraça sanitária e as nefastas consequências económicas e sociais. Uma desgraça, porém, nunca vem só, como sói dizer-se. É o caso da desgraçada governança de António Costa que mais uma vez evidencia não ter vocação para coordenar eficazmente governos em tempo de crise. A ministra da Justiça, como se não bastassem as pérfidas substituições da Procuradora Geral da República e do Presidente do Tribunal de Contas, protagonizou o mais aviltante acto político de que há memória com a tortuosa nomeação do procurador português para a Procuradoria Europeia. Outros méritos, por certo, valeram a Francisca Van Dunem ser arregimentada para uma pasta governamental de tão elevada exigência ética. Já o ministro da Administração Interna cada cavadela que dá sai gorda minhoca, como se diz na gíria, o que nos induz a admitir que embora Eduardo Cabrita seja um governante medíocre, não quer dizer que não possa ser um excelente jardineiro. Mais exemplos de desgraças poderão ser encontrados nos ministérios dos Transportes, da Educação ou do Ambiente. Quanto à Saúde melhor será nem falar enquanto os portugueses estiverem a sofrer esta terrível tragédia, muito por culpa da frouxa liderança dos demagogo-populistas Marcelo de Sousa /António Costa. Uma outra desgraça de mais alto nível, figurada na pessoa de Marcelo de Rebelo Sousa, cidadão exemplar, popular artista político, senhor de palavra dócil e acção suave, garante ao Sistema (Regime) o indispensável alento político. O lastro de todas estas desgraças é o desgraçado Sistema (Regime) com que a democracia se mascarou, por detrás do qual se acoitam a incompetência, o nepotismo e a corrupção que desgraçam o Estado e desvirtuam a democracia. A maioria dos eleitores que votaram, expressou o desejo de voltar a ver Marcelo de Sousa a distribuir beijos e abraços, a tirar as emblemáticas selfies e a fazer de salvador nadador nas praias algarvias, já no próximo Verão, sinal de que a pandemia finalmente despareceu. Isto se a Nação sobreviver a tanta desgraça. Resta saber se este Presidente da República reeleito automaticamente pelo Sistema (Regime), oportunamente resistirá à pressão de demitir o Governo e promover eleições legislativas antecipadas. Talvez ele mesmo, desta vez, não se demita do papel fundamental de promover reformas inadiáveis, da Constituição se necessário for, o que, isso sim, seria altamente louvável. A verdade é que a catastrófica abstenção eleitoral só acontece porque os demiurgos do Sistema (Regime) continuam a inibir os eleitores de votar ou não criam condições para tanto.

Henrique Pedro