Prática do futsal – Acolhimento e diagnóstico

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O treino do futsal deve ser preparado, organizado e orientado por forma a permitir a aquisição e o desenvolvimento das competências específicas a trabalhar.
Quais são? Que aptidões ou competências tem cada criança, no momento em que chega ao clube/escola?
No caso de crianças com idades compreendidas entre os cinco e os seis anos de idade e no seguimento da reflexão anterior, em que o nosso trabalho visa potenciar o desenvolvimento cognitivo centrado no desenvolvimento técnico, entendo que em momento anterior à proposta de trabalho, toda a criança-atleta, deve passar por uma fase de acolhimento e/ou diagnóstico aptidões e competências previamente adquiridas, centrado na avaliação dessas duas dimensões em associação, cognitiva e técnica (nunca devemos avaliar se não vamos intervir…).
Este não é um modelo usual no contexto formativo dos(as) atletas, mas é minha convicção que deve ser o ponto de partida.
O que fazer?
Exemplo: Saber o que queremos avaliar, como o vamos fazer, onde queremos chegar, é fundamental, bem como explicar isso à criança e aos encarregados de educação.
Criar um bom instrumento de registo de informação, que permita comparação entre atletas e com os resultados que se objetivam atingir naquele período formativo.
Depois, vamos criar momentos que nos permitam recolher a informação necessária, exercícios de treino/jogo.
Uma ideia: torneio de 1X1 (apurar sempre o vencedor do torneio, sem eliminar para ter mais momentos de avaliação), em espaço muito reduzido (ex. 5X3m), com tabelas (substitui o colega de equipa assim a bola nunca sai) e balizas do tamanho de duas bolas de futsal usadas naquela idade (em largura e altura - condicionar finalizações longe, por forma a obrigar a usar recursos).
É só um exemplo…
Observamos duas crianças por jogo (bastam cinco minutos), o que se consegue com alguma facilidade, e as mesmas crianças perante diferentes opositores, em diferentes contextos e em diferentes momentos competitivos.
Contributos para ajudar a reflectir …

 

 

Por: Rui Costa (Psicólogo e técnico de futsal)