Tu e eu, aqui,sozinhos
Sem amigos, sem vizinhos,
Com a nudez deste chão
Em que assenta o teu caixão.
Da cátedra que foi tua,
A cadeira verde e fria,
Que ora observo nua
Nesta hora está vazia.
É hora de solidão,
(de soledade, dizias),
É hora de gratidão
Que ressurge nestes dias.
É a hora do tumbeiro
Que te virá sepultar,
Se por ti passou primeiro,
É hora de eu meditar.
Porque hora de passagem,
Desta para outra vida,
Rendo minha homenagem
Desde sempre merecida.
Mais um pouco e estaremos
No lugar p’ra onde vamos,
É a certeza que temos
Passados que são os anos.
Até logo...
Bragança, 30 de Julho de 2018.
Abílio A. Rodrigues