Qual é o impacto das doenças crónicas na sociedade?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que as doenças crónicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias, são a principal causa de morte e incapacidade no mundo.
A expansão das doenças crónicas reflete os processos de industrialização, urbanismo, desenvolvimento económico e globalização alimentar, que têm associados:
• Alteração das dietas alimentares;
• Aumento dos hábitos sedentários;
• Crescimento do consumo de tabaco.
Cerca de metade das mortes causadas por doenças crónicas está diretamente associada às doenças cardiovasculares.
Cerca de 75 por cento das doenças cardiovasculares estão associadas a:
• Colesterol elevado;
• Tensão arterial elevada;
• Dieta pobre em frutas e vegetais;
• Sedentarismo;
• Tabagismo.
Porque é que as doenças crónicas têm um impacto tão grande na Saúde?
Porque os hábitos alimentares alteraram-se. As pessoas consomem, hoje em dia, alimentos mais calóricos, com elevado nível de açúcar e/ou gorduras saturadas, e excessivamente salgados. Além disso, existe ainda uma diminuta atividade física.
Quais são os fatores de risco?
Apesar de muito diferentes entre si, as doenças crónicas apresentam fatores de risco comuns. São poucos e podem ser prevenidos:
• Colesterol elevado;
• Tensão arterial elevada;
• Obesidade;
• Tabagismo;
• Consumo de álcool.
Como reduzir os riscos de ocorrência de doenças crónicas?
Através da alteração do seu estilo de vida poderá, em pouco tempo, reduzir o risco de desenvolver uma doença crónica.
• Alterando a dieta alimentar – privilegiar frutas, vegetais, frutos secos e cereais integrais, substituir as gorduras animais saturadas por gorduras vegetais insaturadas, reduzir as doses de alimentos salgados e doces;
• Iniciando a prática de exercício físico diário;
• Mantendo um peso normal – Índice de Massa Corporal entre 18,5 e 24,9.
• Eliminando o consumo de tabaco.
Está comprovado que as intervenções comportamentais sustentadas são eficazes na redução dos fatores de risco para a população.
Mais de 80 por cento dos casos de ocorrência de doenças cardíacas coronárias, 90 por cento dos casos de diabetes de tipo 2 e de um terço das ocorrências de cancro podem ser evitados através da alteração dos hábitos alimentares, do aumento de atividade física e do abandono do tabagismo.