Trindade Coelho rompe fronteiras

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Ter, 06/09/2005 - 15:34


Chegou ao fim o I Prémio Nacional Trindade Coelho, um concurso literário promovido pela Câmara Municipal de Mogadouro (CMM), em homenagem ao autor de os “Meus Amores”.

O conto “A Porta”, de Madalena Caixeiro, arrecadou o 1º prémio, no valor de 2.500 euros. “Contextos”, de Antero Barbosa, e o conto “Terra”, assinado por Jorge Reis Sá, foram contemplados com o 2º e 3º prémios, correspondentes a 1.500 e mil euros.
Com esta iniciativa a CMM quis promover a investigação sobre a obra do autor, incentivando, ao mesmo tempo, os hábitos de leitura, escrita, e valorização de expressão literária.
Ao concurso foram apresentados 117 trabalhos, oriundos de todo o mundo lusófono, com principal incidência no Brasil.
Segundo o autarca local, Morais Machado, importa conviver de perto com uma das mais exuberantes e expressivas facetas da produção literária de Trindade Coelho: o conto.
“É precisamente através do conto que Trindade Coelho melhor expressa os seus próprios sentimentos de saudade e nostalgia, mas também de carinho e uma ligação profunda e afectiva às gentes da sua terra,” salienta o edil.
Por isso, para homenagear Trindade Coelho nesta primeira edição do Prémio “só se podia fazê-lo através deste género literário”.

Escolha difícil

Por seu turno, os elementos do júri congratularam-se com o facto de um concurso promovido por uma autarquia do interior do País “ter tido a projecção nacional e internacional como teve, não apenas em Portugal, África ou Europa, mas um pouco de todo o Mundo”.
Recorde-se que no leque dos 117 trabalhos apresentados encontravam-se contos simples, mas também verdadeiras antologias, o que revela que” a literatura não é um organismo morto, mas está em constante mutação”, defendeu Henriqueta Gonçalves, professora do Departamento de Letras das Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro,
“O júri teve alguma dificuldade na selecção dos trabalhos, pois havia contos muito bons, mas houve unanimidade na atribuição dos prémios”, revelou Henriqueta Gonçalves.