S. Torcato de Trás-os-Montes

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Ter, 19/04/2005 - 18:24


Apesar do pelado, o Campo do Arnado assistiu a um grande jogo de futebol com as bancadas cheias, a mostrar aos bragançanos como se deve apoiar uma equipa.

O jogo começou com muita velocidade, com as equipas à procura de marcar cedo, mas os guarda- redes estiveram em grande. Ximena, por exemplo, mostrou estar de regresso à forma ideal, que o caracterizou como um dos jogadores mais importantes da equipa.
Mesmo assim, os vimaranenses abriram o marcador através de um penalti por infantilidade ou infelicidade de Eurico. Numa bola jogada na direita do ataque da casa, Chiquinho, depois de fintar a defesa bragançano, viu o seu pé de apoio ser tocado pelo defensor. Penalti claro e golo do Torcatense.
Na altura, o marcador até tinha alguma justificação, pela posse de bola e pela classificação. O Torcatense, se vencesse, estaria em condições de lutar pela subida.
Mas, os transmontanos no minuto a seguir fizeram um golo por Mauro Vitorino. Ficaram dúvidas quando o auxiliar decidiu anular a jogada rápida pela direita, bola ao primeiro toque, e de nada valeu.
O intervalo veio acabar com uma primeira parte de luxo, que não cansou ninguém. Aliás, o intervalo chegou na pior altura para o Bragança.
Nos segundos 45”, o futebol voltou em grande. Só a expulsão de Eurico manchou a partida, mas a verdade é que o defesa do Bragança cometeu falta, quando a bola já não estava no jogador do Torcatense. Animou-se a equipa da casa e o 3-1 apareceu normalmente. Em 2”, Henrique e Meira colocaram o marcador demasiado desnivelado para o que se estava a passar.
Com 10 jogadores, o Bragança comandou a partida nos últimos 10” e não só chegou ao empate como poderia ganhar, o que seria extremamente injusto para o Torcatense.
O juiz da partida tem nota 10, pois tecnicamente não falhou um único lance, mas disciplinarmente foi um desastre. Parecia que queria, à força, ser a camisola amarela da partida. 80 por cento dos cartões amarelos foram muito mal mostrados.

Campo do Arnado
Árbitro – Alcino Silva, Moisés Jacinto e Jorge Silva (A F Porto)
Torcatense – Luís Miguel; Jorge Miguel, Castelar, Meira e Geane; Lameirão, Paulinho e Belmiro; Nelson (Henrique 62”), António (Meireles 73”) e Chiquinho (Cunha 84”).
Treinador – Francisco Branco

Bragança – Ximena; Fernando Silva, Eurico, Karones e karate: Carlitos I, Carlitos II e Marco Móbil (Pardal 55”); Mauro Vitorino, Pires (Toni 47”) e Ademar.
Treinador – Lopes da Silva

Amarelos – Chiquinho 6”, Pedrinha 11”, Eurico 36” e 52” seguido de vermelho, Jorge Miguel 30”, Carlitos I 60”, Fernando Silva 66”, Ademar 68”, Meira 69”, Castelar 77” Karones 83”, Luís Rodrigues 89”, Paulinho 90+1, Geane 90+3.

1º Parte – 1-0
Marcadores – Lameirão 37” (penalti), Mauro Vitorino 71” e 90+4, Henrique 76”, Meira 78” e Carlitos II 86”.

Bragança 1 a 1

Ximena (3+) – foi dos melhores no Bragança com três defesas de muita categoria, a mostrar o regresso à confiança.
Karate (2) – prestação segura.
Fernando Silva (1) – foi uma pena o 3º golo do Torcatense a manchar a sua imperturbável segurança.
Karones (3+++) – o melhor em campo, apesar de ter saído lesionado. Fez uma exibição que explica ver Pardal sentado no banco, dono e senhor de toda a sua área.
Eurico (1) – fez a grande penalidade, meteu as mãos à cabeça e nem sequer protestou. Aqui também se mostram os grandes jogadores.
Marco Móbil (1) – entrou bem no jogo, mas foi-se perdendo aos poucos.
Carlitos I (3++) – ora aí está o capitão de volta. Jogou e trabalhou muito para a equipa, acabou estafado, mas com uma exibição de luxo.
Carlitos II (3 ++) – outra grande exibição.
Mauro Vitorino (3+++) – ao nível de Karones, não só marcou dois golos como moeu a cabeça à defesa dos vimaranenses.
Ademar (2) – esforçado, mas de longe. Já não o mesmo Ademar, que começou a época.
Toni (2) – outra grande novidade e pela positiva, frente aos grandes ou aos primeiros, tudo parece diferente.
Pardal (1) – entrou e tentou cumprir, mal no 3º golo dos vimaranenses.
Pires (2) – bem, até à lesão, correu muito.
Luís Rodrigues (2) – entrou com uma suprema vontade de dar a volta ao marcador. Com alma, só precisa de 10” para mostrar a sua raça.