Regadio em Carrazeda de Ansiães tem financiamento garantido

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Ter, 30/08/2022 - 11:51


A construção de uma albufeira para aproveitamento hidroagrícola no concelho de Carrazeda de Ansiães pode mesmo ser uma realidade

Na 25.ª edição da Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, que aconteceu no fim-de-semana, na vila, o secretário de Estado da Agricultura garantiu haver financiamento para o regadio. Rui Marinho explicou que falta a apresentação do estudo de impacto ambiental e que assim que o aval for dado “o projecto será formalizado” e avançarão as obras de uma infra-estrutura que considera “importante para a região”. No concelho de Carrazeda de Ansiães não há um regadio público, as produções agrícolas são regadas através de pequenas captações de água. “Com este regadio permite-nos dar uma garantia de abastecimento com toda a regularidade e permitir aos agricultores tomar as decisões mais adequadas no sentido de fazer os seus investimentos, sendo a disponibilidade de água está garantida”, afirmou. Rui Marinho frisou ainda que a construção desta nova albufeira vai permitir “assegurar” o “abastecimento” situações de seca e “complementar as disponibilidades hídricas que existem na barragem de Fontelonga e garantir de forma regular e previsível o abastecimento doméstico da população de Carrazeda de Ansiães”. Ainda assim, admite que os 500 milhões de euros do Plano Nacional de Regadio para projectos de Norte a Sul do país não é suficiente para resolver problemas de gestão de recursos hídricos para a agricultura. “Esta é uma primeira fase, vamos avançar para uma segunda fase. O que não podemos garantir e prometer é que vamos fazer tudo em dois anos ou em três. É um trabalho para uma década”, disse. O presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães viu com “entusiasmo” a validação do governo para a concretização do regadio. João Gonçalves referiu que a realização dos estudos “prossupõe sempre um grau de incerteza”, no que toca à concretização do projecto, no entanto, ter a confirmação de financiamento é um passo “muito importante para a sua concretização”. A população do concelho é abastecida pela barragem de Fontelonga, que neste momento tem 30% de água, o que vai obrigar ao transporte de água do rio Tua através de camiões- -cisternas para abastecer a população. Para evitar anos de seca como o que se vivem, o autarca considera que é preciso arranjar uma estratégia, que passará por aportar ambas as albufeiras, a de Fontelonga e a que vai ser agora construída para regadio, com abastecimento a partir do rio Tua. O município vai fazer estudos para perceber se isso é possível tecnicamente e sustentável para resolver problemas de abastecimento de água.

Jornalista: 
Ângela Pais