Qua, 16/03/2005 - 17:39
O antigo Posto Fiscal da Bemposta, no concelho de Mogadouro, continua à espera que um dono lhe dê nova vida.
Este edifício, situado às portas do bairro do Cardal do Douro, encontra-se ao abandono, num elevado estado de degradação.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Monteiro, o imóvel “é o cartão de visita do bairro, pelo que é urgente criar uma solução para reconstruir o antigo posto, que se encontra completamente vandalizado”.
Apesar das sucessivas tentativas para vender o imóvel em hasta pública, realizadas pela Direcção Geral do Património (DGP), o edifício permanece à espera de melhores dias.
Nos leilões que têm vido a ser realizados desde 2002, ninguém mostrou interesse em desembolsar 94.500 euros pedidos pela DGP.
No entanto, há cerca de três anos que a Câmara Municipal de Mogadouro (CMM) fez uma petição àquele organismo do Estado, no sentido de adquirir o imóvel a preço simbólico e transformá-lo numa escola virada para o turismo
“Valor elevado” dificulta negociações
A proposta, porém, não foi aceite pela DGP que, segundo o vice-presidente da CMM “remeteu a autarquia para a venda em hasta pública”.
Na óptica do autarca o valor pedido pela entidade responsável pelo património é demasiado elevado e não pode ser suportado pelo município de Mogadouro.
Contudo, António Monteiro realça o estado em que se encontra o antigo posto fiscal para justificar a necessidade da requalificação do imóvel. Assim, se a DGP não tomar nenhuma medida no sentido de reabilitar o imóvel, “a CMM vai ter que notificar o proprietário, para accionar a legislação em vigor, no sentido de serem tomadas as medidas para vedação ou conservação do património”.
De acordo com o vice-presidente, “se a DGP mostrar interesse em dialogar com a Câmara para chegar a uma negociação, a autarquia estará disponível”.
O responsável acentuou, ainda a utilidade que pode ser dada ao antigo posto fiscal, em prol da região.
Casa florestal já
tem novo dono
Em Vilas Boas, concelho de Vila Flor, a Casa Florestal também foi posta em hasta pública, em Dezembro do ano passado.
Este edifício acabou por ser adquirido por um particular, por um valor superior à quantia base estabelecida pela DGP.
O presidente da Junta de Freguesia de Vilas Boas, Abílio Evaristo, arrematou o imóvel por 66 mil euros, mas a título particular.
O futuro da edificação ainda não está definido, mas o autarca confessa que a hipótese mais viável, neste momento, é a reconstrução da antiga casa florestal para fins habitacionais ou turísticos.