NUNES festeja Rota da Cereja

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Ter, 14/06/2005 - 17:10


Promover a cereja produzida no Vale de Nunes, bem como os usos e costumes desta freguesia do concelho de Vinhais, é o principal objectivo da Festa da Cereja, que decorreu no passado sábado, no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.

O tradicional concurso de espantalhos “O espantalho da minha terra” foi o momento alto deste certame, visto que representa uma das tradições mais marcantes das terras de Nunes.
Este ano, o vencedor foi Hilário Fernandes, um jovem de 17 anos que arrecadou um prémio no valor de 125 euros.
O jovem realça a importância de divulgar as tradições. “Tentei criar um espantalho que estivesse ligado à terra, nomeadamente aos usos e costumes das nossas gentes”, salienta o jovem vencedor.
Hilário Fernandes contou com a ajuda do tio, Luís Silva, que conta como surgiu a ideia de fazer aquele espantalho.
“Já há algum tempo que via num castanheiro a forma do focinho de um burro. Então decidi cortá-la, também já tinha lá em casa os olhos, e ajudei o meu sobrinho a fazer este espantalho”, relata o habitante de Romariz.

Espantalho vencedor
vai simbolizar a ASSAR

O espantalho vencedor representa um burro puxado por um homem, que simboliza o transporte usado, antigamente, para transportar as cerejas de Nunes, para o mercado de Bragança.
Abel Pereira, membro do júri e presidente da Associação Cultural e Desportiva de Santo Antão de Romariz (ASSAR), revela que este foi o espantalho vencedor, porque para além de representar a tradição da cereja, é o símbolo das gentes que vivem no Mundo Rural.
Este espantalho vai ser a “mascote” da ASSAR, passando a ser utilizado pela colectividade nos seus cartazes de actividades.
Na segunda edição do concurso de espantalhos, o segundo prémio, no valor de 100 euros, foi para a Associação Recreativa de Santalha, ao passo que o terceiro lugar foi atribuído a Rafaela, uma habitante de Romariz contemplada com 50 euros.
Para além do aspecto cultural, Abel pereira refere que esta festa também procura divulgar a cereja da região, para que, no futuro, este produto consiga alcançar um mercado mais abrange e se possa aumentar a produção.
Maria Fernandes afiança que é participante assídua da festa, onde se costuma vender bastante cereja. No entanto, refere que esta iniciativa devia ser antecipada, para facilitar o escoamento do produto quando começa a aparecer nas cerejeiras.