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Qui, 03/06/2021 - 21:24
Um dos delegados de saúde detidos, depois de presente a Juiz de Instrução Criminal no Tribunal do Porto, ficou em prisão domiciliária, com pulseira electrónica e suspenso das funções. Segundo fonte policial, aos restantes arguidos foi-lhe aplicada a medida de coacção de apresentações às autoridades duas vezes por semana.
Cada um dos nove detidos no âmbito da operação designada ‘Rigor Mortis’ ficou ainda proibido de contacto com os restantes arguidos.
A investigação durava há vários meses e a PJ realizou 29 buscas domiciliárias e não domiciliárias. Os dois médicos envolvidos no alegado esquema de agilização dos processos dos funerais terão certificado a morte de dezenas de pessoas à distância, sem ver os cadáveres e recebiam dinheiro por isso. Segundo a PJ, os clínicos “emitiam e entregavam a agentes funerários certificados de óbito e respectivas guias de transporte de cadáveres, sem praticarem os actos médicos que lhes competia legalmente”, nomeadamente, sem apurar se havia ou não indícios de crime.