Nove detidos em Bragança em alegado esquema de falsificação de certidões de óbito

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Qui, 03/06/2021 - 21:24


Nove pessoas, com idades entre os 38 e os 67 anos, dois médicos e sete agentes funerários, foram detidas pela Polícia Judiciária no passado dia 31 em Bragança, por serem suspeitas dos crimes de recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, corrupção e falsidade informática.

Um dos delegados de saúde detidos, depois de presente a Juiz de Instrução Criminal no Tribunal do Porto, ficou em prisão domiciliária, com pulseira electrónica e suspenso das funções. Segundo fonte policial, aos restantes arguidos foi-lhe aplicada a medida de coacção de apresentações às autoridades duas vezes por semana.

Cada um dos nove detidos no âmbito da operação designada ‘Rigor Mortis’ ficou ainda proibido de contacto com os restantes arguidos.

A investigação durava há vários meses e a PJ realizou 29 buscas domiciliárias e não domiciliárias. Os dois médicos envolvidos no alegado esquema de agilização dos processos dos funerais terão certificado a morte de dezenas de pessoas à distância, sem ver os cadáveres e recebiam dinheiro por isso. Segundo a PJ, os clínicos “emitiam e entregavam a agentes funerários certificados de óbito e respectivas guias de transporte de cadáveres, sem praticarem os actos médicos que lhes competia legalmente”, nomeadamente, sem apurar se havia ou não indícios de crime.

Jornalista: 
OTC