Ter, 24/05/2005 - 16:40
Segundo a responsável pelos serviços educativos do MAB, Georgina Pousa, “a instituição tem recebido alguns apoios, nomeadamente ao nível da logística”. No entanto, “a nível financeiro tem enfrentado bastantes dificuldades, visto que o museu acaba por sofrer com a crise que abala o País e com o corte de orçamentos”.
Estas dificuldades financeiras acabam por dificultar a dinamização deste espaço cultural, nomeadamente a promoção de actividades lúdicas e didácticas.
“Estas actividades são fundamentais para mostrar aos jovens, que o museu é um espaço vivo e dinâmico e quebrar o mito da monotonia, que habitualmente caracteriza os museus”, acrescenta Georgina Pousa.
Espólio usado como
instrumento didáctico
Para além das oficinas de desenho e pintura que o museu tem vindo a desenvolver, a responsável educativa salienta que os alunos também podem tirar partido do espólio que esta instituição tem para oferecer.
“É necessário estabelecer relações de compromisso com as escolas e infantários, no sentido de sensibilizar alunos e professores, para a importância dos objectos históricos como instrumentos de aprendizagem”, sublinha Georgina Pousa.
O MAB recebe cerca de 10 mil visitantes por ano, um número que a responsável considera “bastante baixo”, tendo em conta o acervo cultural que a instituição disponibiliza.
Para contrariar esta situação, Georgina Pousa considera que para além de se desenvolverem mais actividades, “o museu devia albergar lojas e até um café”, de forma a cativar as pessoas.
Museu recebe animação
No âmbito da dinamização, o MAB comemorou o dia Internacional dos Museus, na passada quarta-feira, com a realização de ateliers de pintura e desenho.
Neste dia, os mais pequenos também foram prendados com um teatro de sombras, inspirado na “História dos bichos”, da autoria de Carlos Miguel Torga, que foi representado por um grupo de alunos da Escola Superior de Educação (ESE) de Bragança.
Durante o dia foi, ainda, pintado, por utentes da APADI, o cenário para o concerto do grupo de jazz e do coro/orquestra da ESE, que animou o museu à noite.
Segundo Georgina Pousa, este dia é importante para mostrar às pessoas a riqueza cultural que o museu alberga.