Dom, 16/04/2023 - 14:25
A prova de meio fundo, de mil metros, contou com os melhores atletas das 22 associações distritais de atletismo em sub-16 e sub-18, masculinos e femininos.
A selecção distrital da A.A. Braga dominou a competição ao triunfar a nível colectivo. As provas foram muito competitivas como destacou Afonso Gomes que se sagrou campeão em sub-16 ao serviço da selecção bracarense. “Foi uma prova muito difícil com adversários à altura. Consegui destacar-me nos últimos 800 metros e foi isso que me fez ganhar”.
Ainda em masculinos, Duarte Vilas Boas (AA Aveiro) em sub-18 ano 2007 e Nuno Cordeiro (AA Leiria) em sub-18 ano 2006 também conquistaram medalha de ouro.
Em femininos, Mariana Moreira (AA Braga) triunfou em sub-16, Cátia Vaz (AA Lisboa) em sub-18 ano 2007 e Lara Machado (AA Porto) em sub-18 ano 2006.
Quanto à AA Bragança terminou no décimo quinto lugar com um lote de atletas que estão a dar os primeiros passos no atletismo, o que para Rodolfo Moreno foi bastante positivo. “Muitos deles realizaram a primeira prova a nível nacional e federados. No passado já conseguimos um oitavo lugar com atletas que actualmente são referências nacionais em seniores e veteranos. Estes miúdos estão a iniciar-se na modalidade, mas mostraram garra e estão de parabéns”, referiu o presidente da Associação de Atletismo de Bragança.
A prova nacional dá visibilidade ao distrito e pode contribuir para a captação de atletas, sobretudo para as disciplinas de fundo e meio fundo. “Nós temos muitos praticantes de fundo e meio fundo, mas não temos os resultados que já tivemos no passado. É um problema que está identificado e estamos a trabalhar para inverter essa situação. É com estas provas que detectamos talentos para o futuro”, destacou Paulo Bernardo, vice-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo.
“Uma aposta ganha” é desta forma que o presidente do Município de Mogadouro olha para o investimento na modalidade e na Escola Municipal de Atletismo. António Pimentel mostra total disponibilidade para receber estágios de selecções face às boas condições em termos de infra-estruturas. “Esta é uma prova que valoriza Mogadouro. A nossa vila tem condições naturais e infra-estruturas desportivas para se transformar numa plataforma de apoio ao atletismo quer a nível distrital quer a nível nacional. Temos condições para receber selecções de outros países para fazerem os seus estágios”.
O autarca garante que a prova teve impacto na restauração e hotelaria do concelho e que é um evento que requer um investimento muito baixo, de cerca de quatro mil euros. “Se olharmos ao retorno que traz e àquilo que outros municípios investem em determinados eventos, Mogadouro consegue fazer sempre mais barato pois tem infra-estruturas e pode minimizar muitos dos custos”.
António Pimentel quer voltar a receber a competição nacional, mas Rodolfo Moreno, presidente da Associação de Atletismo de Bragança, refere que não é tão cedo que a prova regressa ao distrito. No entanto, há outras competições que podem ser realizadas em Mogadouro. “Não está nos nossos horizontes nos próximos anos voltar a receber esta prova, mas há outras competições nacionais que podemos trazer para o nordeste transmontano. Há, por exemplo, o nacional de juniores e juvenis. Também podemos trazer competições de disciplinas técnicas”.
A 18ª edição do KM Jovem Nacional contou com a organização da Associação de Atletismo de Bragança, em parceria com a Federação portuguesa da modalidade, e o apoio do Município de Mogadouro.