Ter, 06/06/2023 - 09:14
A aldeia de Cortiços, no concelho de Macedo de Cavaleiros, foi a mais afectada. Segundo o comandante dos Bombeiros de Macedo de Cavaleiros, a localidade ainda chegou a ficar sem luz durante algum tempo. A juntar-se a isso, várias ruas ficaram alagadas e a água chegou mesmo a arrancar paralelos e a inundar casas. “Por volta das 17h veio uma tromba-d ‘água durante 30 minutos, no máximo. Meia hora depois veio a segunda tromba-d ’água e foi uma desgraça, fez rebentar os arruamentos e houve inundações. Tivemos de ir ao café com uma 4×4 tirar de lá as pessoas. A água na estrada era tão forte que se saíssem eram levadas pela corrente. Arrastou carros, felizmente não houve feridos mas houve muito prejuízo”, contou o presidente da Junta de Freguesia, José Fernandes. Proprietária de um café na aldeia de Cortiços, Maria da Conceição contou, à rádio local, que tiveram que pedir ajuda aos bombeiros para conseguir tirar os clientes do café, entre eles também crianças. Segundo a habitante, a água entrou para dentro do café e já estava a um nível “por cima dos joelhos”. “A estrada parecia o mar”, afirmou. Quanto aos prejuízos, ainda estão a ser contabilizados, mas uma coisa é certa, durante esta semana diz não abrir o estabelecimento. A aldeia de Carrapatas foi outra das mais afectadas do concelho. O vereador da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros e também responsável pela protecção Civil, adiantou que a autarquia vai “arranjar meios financeiros” para restabelecer a normalidade nas aldeias, pedindo ajuda ao Governo. “Pela experiência que tenho são danos avultados. Não tive reporte de estragos nas culturas agrícolas, mas certamente que houve porque as águas vieram desses terrenos e foi tanta que deve tê-los destruído. Se for o caso, também vamos tentar apoios, embora aí não possamos garantir, visto que o que diz respeito a propriedades privadas não é da nossa responsabilidade. Mas a câmara está disposta para, juntamente com os proprietários, tentar resolver esses problemas”, disse Paulo Rogão. No concelho de Bragança, os estragos não foram tão graves, mas também houve aldeias a sofrer com o mau tempo. Em Pinela, a chuva destruiu infra-estruturas, como um muro, inundou a estrada, arrancando alguns paralelos, além da destruição de culturas. Em Alimonde, também neste concelho, as culturas ficaram danificadas.