Ter, 09/04/2024 - 12:16
Sente-se preparado para assumir este cargo?
Claro que sim. Desde que assumi a vice-presidência, há 10 anos, era já com essa possibilidade. Há dois anos também fui candidato a deputado na Assembleia da República. A vida é assim, quer isto dizer que temos que estar preparados para os desafios. Este é um desafio importante, que eu gosto, trabalhar para o meu território. Já trabalho há muitos anos para o meu território, é um motivo que me orgulha, trabalhar para as pessoas, e outro é a possibilidade de requalificar a minha cidade.
Há linhas que eram seguidas pelo anterior presidente que vai querer seguir ou há coisas que vai mudar?
Há coisas que não dão para mudar. Temos alguns projectos em carteira, por exemplo, o terminal TIR, o projecto do Jardim António José de Almeida com a rua da República e o elevador da Sá Carneiro, o projecto já está feito. Mas havia projectos que estavam para ser desenvolvidos. Não estão feitos, mas estamos em fase de acelerar os projectos. A habitação é para nós um foco importante para conseguirmos, numa candidatura próxima, termos seis casas no Castelo reabilitadas, para depois entregarmos àqueles que mais necessitam. Também temos um desafio enorme para a reabilitação do Bairro da Previdência, são demasiadas moradias, vários blocos, não são todos do município, um terço são, mas há outro terço de pessoas que não têm condições financeiras e, portanto, também podem entrar nessa candidatura. E estamos agora em conversação, antes da candidatura, antes do projecto ser delineado, para que possam entrar todos na candidatura. Acho que estamos a fazer um trabalho que é meritório, requalificar aquele bairro, que está no centro da cidade. Há muitos anos que temos esse projecto, estamos agora a dar o passo final para conseguir fazer uma candidatura. Em termos de mobilidade, estamos numa fase quase final do projecto para podermos candidatar a continuação da Circular Interna.
Agora enquanto presidente da câmara quais são os maiores desafios?
Em termos de projectos de urbanidade, a continuação do Polis para o outro lado, estamos a falar da ponte da Sá Carneiro até à ponte de Caminho de Ferro, esse seria um projecto de reabilitação, dando dignidade aquele rio. Estamos também agora a lançar o projecto , para o futuro, do pavilhão multiusos, estamos agora a ultimar como vamos lançar este grande procedimento, que está numa fase inicial. É uma intenção nossa, que acho que a cidade necessita. Um terceiro desafio enormíssimo é a requalificação, não só da via que circunda o São Bartolomeu, com a escadaria, mas a parte pedonal. Estamos também a lançar o projecto, com a criação de uma ponte com passagem para o Castelo. Será um grande desafio para o nosso executivo lançar estes projectos, se houver ainda a hipótese ainda neste mandato podermos candidatar estes projectos, seria ouro sobre azul. Eu acredito que até ao final do mandato vamos ter os projectos em carteira para poder em qualquer altura podermos candidatar esses projectos. Isto é, se houver avisos próprios. Por exemplo, o pavilhão multiusos é muito possível que não se enquadre numa candidatura, ou é com dinheiros próprios, ou teremos que ter financiadores.
No final deste mandato pode ficar muita coisa em aberto. Pretende resolvê-la num próximo mandato à frente da câmara?
Aquilo que eu pretendo é deixar bons projectos para o futuro no sentido de quem tomar conta dos desígnios do município perceber que tem uma mão cheia de projectos que modifica a nossa cidade, modifica completamente o bem-estar das nossas pessoas e com uma mobilidade excelente. Esse é o foco, isso é aquilo que é importante. Quanto ao futuro, em termos de candidatura, isso ainda teremos muito tempo.
Mas está em cima da mesa?
Neste momento estou focado em fazer o que tenho que fazer, começar com os projectos para estarem prontos para as candidaturas e ir buscar financiamento. E depois esses projectos que sejam para o final ou para o próximo mandato para quem estiver à frente do executivo.
Como está a situação do Museu da Língua Portuguesa?
Poderia dizer-lhe que está bem e recomenda-se, mas estaria a mentir. Há atrasos de obra, tem sido complicado, para nós, donos da obra, temos tido um trabalho enorme em haver uma boa relação entre o projectista e o construtor, porque não é fácil. Estamos a ultrapassar paulatinamente, no sentido de conseguirmos haver uma boa conciliação entre as duas partes.
Mas vai estar concluído antes de este mandato terminar?
Gostava muito, é um projecto excelente, estamos a falar de um projecto a nível nacional e isso é uma marca indelével para Bragança, mas mais que tudo quero que fique bem feito e enquanto eu for presidente da câmara é que aquilo que se fizer seja bem feito e que haja uma boa união e uma boa conversação ‘para que as coisas possam fluir de forma mais rápida, porque já é tempo.
Que obras é que espera concluir?
Vamos qualquer dia inaugurar a ponte que passa da ciclovia da Avenida João da Cruz. A habitação, a circular, as escolas, estamos a ultimar os procedimentos para, quer a escola Miguel Torga, quer a Paulo Quintela, para entrar em candidatura para fazer obras nessas escolas. Estamos a falar de um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros. Estamos também a fazer uma candidatura para mais autocarros eléctricos, mais sustentáveis, melhor ambiente, que é também o nosso foco. A estrada Bragança a Rio de Onor, que está numa fase de até Julho finalizar o projecto para depois conseguirmos submetermos o projecto à Agência Portuguesa do Ambiente, para obtermos a autorização ambiental, e depois lançar o concurso. Se tudo correr bem, temos início da obra entre Dezembro e Janeiro. Quanto às aldeias, ainda este mês queremos lançar os projectos para a requalificação das vias principais de Izeda, Parada e Coelhoso. São projectos que não temos e vamos mandar fazer e vamos ver se no final deste mandato conseguimos pelo menos o início da obra feita.
Que marca gostaria de deixar?
Daquilo que eu acho que Bragança merecia, seria o pavilhão multiusos, já nem falo do Museu da Língua, porque qualquer presidente de câmara o gostaria de inaugurar. Mas como aquele que faz tanta falta como pão para a boca é o pavilhão multiusos.