Ter, 12/12/2023 - 11:15
O hotel Mira Tua, em Mirandela, encerrado desde 2013, já foi adquirido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), depois de um longo processo burocrático. Já em Agosto do ano passado se avançara que o instituto iria comprar o edifício para o transformar numa residência para estudantes, uma vez que os jovens que frequentam a Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESACT) não têm qualquer cama disponível naquela cidade. Além da residência que vai nascer no antigo hotel, o IPB vai ainda construir uma outra, de raiz, junto ao campus da ESACT. Serão estas as primeiras duas residências em Mirandela para os estudantes do politécnico. No que toca ao hotel, comprado por um milhão e cem mil euros, que terá capacidade para acolher 62 estudantes, a escritura foi assinada na semana passada e agora vai avançar-se para o lançamento do concurso para a realização das obras. Quanto à outra residência, poderá acolher, no máximo, 120 jovens. A requalificação do hotel e a construção de uma residência de raiz custarão cinco milhões de euros. Na ESACT, neste momento, há dois mil estudantes e, por isso, as 182 camas, apesar de não chegarem, são já uma boa ajuda, uma vez que em Mirandela, tal como em Bragança, há falta de quatros para arrendar. “Não vai resolver completamente o problema, mas vai ajudar”, considerou Orlando Rodrigues sobre esta “falha grave” que era não haver qualquer residência na cidade. Para o presidente do IPB é também uma mais-valia que o hotel e a residência a construir se situem no centro da cidade porque levarão os alunos para aquela zona, ajudando a que haja maior “interacção” entre os jovens e os mirandelenses. As duas residências vão ter capacidade para 182 camas e devem estar prontas até ao final de 2025. Segundo assumiu Orlando Rodrigues, a empreitada da nova residência deverá ser adjudicada nos próximos dias. A construção e requalificação vão surgir no âmbito de duas candidaturas apresentadas ao Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior e vão ser apoiadas a 100% pelo Plano de Recuperação e Resiliência.