Ter, 11/04/2023 - 10:09
O Jornal Nordeste revelou a situação em que viviam estes migrantes, mas, ao que o presidente da Câmara Municipal de Vinhais disse, “no dia 31 de Março, as pessoas que estavam lá foram todas embora”. Luís Fernandes acrescentou que “já estava previsto terminarem os trabalhos e saírem nesse dia”. Os indianos foram contratados pela Turma Rustica LDA, empresa de Braga que ganhou o concurso de reflorestação da Associação de Baldios do concelho de Vinhais, que terá contactado a União das Freguesias de Quirás e Pinheiro Novo para que cedesse uma das casas do povo para que os trabalhadores ficassem ali instalados. E assim foi. Desde Dezembro do ano passado que viviam na Casa do Povo de Pinheiro Novo. Dormiam em colchões no chão, tomavam banho numa agueira, visto que o edifício só tinha sanitas e lavatórios, e cozinhavam num barracão antigo, em fogueiras, visto que nem fogão tinham. Um dos indianos com quem falámos, Jaswinder Singh queixava-se que nem lhe pagavam. A 15 de Fevereiro a GNR recebeu uma denúncia de uma moradora de aldeia, que explicou a situação em que viviam. Só nesse dia é que a câmara municipal de Vinhais disse ter sabido do que se estava a passar. Luís Fernandes disse até que a área social do município “acompanhou a situação”, visto que “precisariam de um espaço para ficar e até lhe fornecemos também alimentação”. O caso foi encaminhado pela GNR ao Tribunal de Bragança e aos serviços do Alto Comissariado para a Imigração e alguns migrantes foram encaminhados através do Centro de Acolhimento de Vítimas da Tráfico de Seres Humanos das Equipas Multidisciplinares Especializadas (EME) do Norte.