Ter, 02/05/2023 - 00:57
Miranda do Douro recebeu a IV Volta ao Nordeste Reconco. A prova rainha do ciclismo distrital realizou-se no domingo e segunda, contou com um contrarrelógio de 7 quilómetros e duas etapas, de 72,1 e 112,3 quilómetros. Hélder Loureiro (Multimoto/R Star/Sousa Rusga) foi o grande vencedor, sucedendo a Daniel Pinto (Team Giant) que em 2022 subiu ao lugar mais alto do pódio.
A prova foi para a estrada no domingo com Alberto Amaral (União Ciclista de Melgaço e Ponte da Barca) a repetir a proeza do ano passado ao vencer o contrarrelógio (CR). O hexacampeão nacional de CR em Masters 50 concluiu a prova em 00:09:05 minutos e partiu de amarelo para a primeira etapa, que contou com uma passagem pelo concelho de Vimioso.
Luís Lopes (Velo Clube de Bragança) foi o segundo mais rápido com o tempo de 00:09:34 e João Ferreira (Multimoto/R Star/Sousa Rusga) conseguiu o terceiro melhor tempo com 00:09:42.
Na primeira etapa, realizada na tarde de domingo, o brigantino Jorge Mariz venceu ao sprint. O ciclista do Velo Clube de Bragança impôs-se a Rui Novais (Skoda Irmãos Leite), que acabou por vestir de amarelo, já praticamente em cima da linha de meta. Os dois ciclistas ficaram separados na classificação por um segundo.
Na última etapa, a mais longa de 112,3 quilómetros, realizada esta segunda-feira, a primeira fuga, onde estavam Hélder Loureiro e Fábio Oliveira, aconteceu numa fase inicial da corrida, ao quilómetro 12, com os dois ciclistas a isolarem-se a 40 quilómetros da meta.
Fábio venceu a etapa, terminou no segundo lugar na classificação final e sagrou-se o “rei” da montanha. Quanto a Loureiro conseguiu recuperar da desvantagem de um minuto e meio para o camisola amarela, Rui Novais, e foi o grande vencedor da IV Volta ao Nordeste Reconco.
“Foi prova extremamente dura” (Hélder Loureiro)
Hélder Loureiro participou pela primeira vez na Volta ao Nordeste e vinha com objectivos bem definidos. “Foi uma prova extremamente dura. Sabíamos que íamos encontrar muito acumulado, muitas subidas duras e com muita inclinação. Tínhamos a noção que tínhamos de pegar na corrida pois estava a um minuto e meio do camisola amarela. Sabia que tinha de mexer muito cedo na corrida, para tentar uma fuga, foi isso que fiz. A fuga pegou, fomos ganhando tempo, e na subida foi meter o ritmo, fazer alguns ataques e garantir a amarela”, explicou o ciclista da Multimoto/R Star/Sousa Rusga, que também vence em Master 40.
“As pernas já doíam” (Fábio Oliveira)
E para Fábio Oliveira a prova foi complicada em termos físicos. “Foi muito difícil. Além das etapas de domingo já tinha feito uma prova no sábado e as pernas já doíam. A meio da etapa de hoje (segunda-feira), já só com o Hélder, tive cãibras e foi ele que me ajudou a acabar.”
“Estamos de parabéns” (Jorge Mariz)
E Jorge Mariz vestiu a camisola branca, da juventude, ao vencer em Elite. O ciclista do Velo Clube de Bragança cortou a meta na primeira posição na etapa de domingo, depois de uma prestação menos positiva no contrarrelógio, foi 69º. No último dia conseguiu o 11º lugar na geral. “O contrarrelógio correu mal e ontem queria a liderança e a vitória. Hoje a etapa não correu tão bem e não estava no momento certo quando se iniciou a fuga, mas tínhamos a equipa na frente da corrida e estamos de parabéns”.
Na IV Volta ao Nordeste Reconco participaram 104 ciclistas e vários pontos do país. O evento vai regressar em 2024 e Miguel Monteiro, presidente da Associação de Ciclismo de Bragança, promete uma edição em grande. “Para o ano serão cinco anos de queremos que seja histórico para a associação. Queremos fazer algo em grande e com muitos participantes. Estou muito agradado com a participação das equipas do nosso distrito, com destaque para a vitória do Velo Clube de Bragança”.
A volta realizou-se em Miranda do Douro, ontem e hoje. Helena Barril, presidente do município, mostra-se disponível para voltar a receber a competição que diz ter impacto na economia do concelho. “Estas iniciativas e o apoio da autarquia também têm em mente este retorno económico que as mesmas trazem para o concelho. Se tivermos como objectivo a ocupação das camas da parte da hotelaria ou da restauração foi um apoio importante. Abraçamos estas causas, efectivamente como causas pois o retorno económico para o concelho é grande”.
O Velo Clube de Bragança venceu por equipas.
Classificação Final
Geral
1-Hélder Loureiro (Multimoto/R Star/Sousa Rusga)
2-Fábio Oliveira (Velo Clube de Bragança)
3- Luís Nogueira (Love Tiles)
Classificação da Montanha
1-Fábio Oliveira (Velo Clube de Bragança)
2-Rui Novais (Skoda Irmãos Leite)
3-Hélder Loureiro (Multimoto/R Star/Sousa Rusga)
Classificação Metas Volantes
1-Tiago Ribeiro (Skoda Irmãos Leite)
2- Fábio Oliveira (Velo Clube de Bragabça)
3-Hélder Loureiro (Multimoto/R Star/Sousa Rusga)
Sub-23
1-João Silva (Multimoto/R Star/Sousa Rusga)
Elite
1-Jorge Mariz (Velo Clube de Bragança)
2-Roberto Gonçalves (UDAR Quinchães)
3-Luís Lopes (Velo Clube de Bragança)
Masters 30
1-Hélder Loureiro (Multimoto/R Star/Sousa Rusga)
2-Fábio Oliveira (Velo Clube de Bragança)
3-Luís Nogueira (Love Tiles)
Master 40
1-Rui Novais (Skoda Irmãos Leite)
2-Ovídio Linhas (Velo Clube de Bragança)
3-Diego Martin (Astorga CDC)
Master 50
1-Alberto Amaral (União Ciclista de Melgaço e Ponte da Barca)
2-Pedro Batista (Cadão/Soutense/REmatelaborado)
3-Daniel Alves (União Ciclista de Melgaço e Ponte da Barca)
Master 60
1-José Ferreira (CTM Vila Pouca de Aguiar)
2-José Magalhães (Skoda Irmãos Leite)
3-Carlos Cunha (CC Macedo de Cavaleiros)