“Havia vários observadores na bancada a quem aquela situação servia”

O treinador considerou que o jogo estava a ser “bem disputado” e sem “qualquer picardia” até ao minuto 37, altura em que foi expulso Seeevan, que para Carlos Silva estava a ser determinante no “bloqueio” da manobra ofensiva do Vimioso.
“Esse vermelho foi uma forma rápida e simples de condicionar a minha equipa”, atirou.
O técnico dos Estudantes acredita que Fernando Lhano estava sob pressão e que não terá expulsado os jogadores de forma consciente.
“Havia vários observadores na bancada a quem aquela situação servia”, afirmou.
Para Carlos Silva o facto de a Associação de Futebol de Bragança ter divulgado o local da final da taça, que se vai realizar em Miranda do Douro, no dia 29 de Maio, condicionou a sua equipa. O treinador deixou no ar suspeitas de favorecimento por parte da AFB ao Vimioso e ao Sendim.
“Recordo que ainda estão em prova uma equipa do concelho de Miranda do Douro e outro de um concelho limítrofe”.
Carlos Silva aponta o dedo a António Ramos, presidente da AFB, acusando-o de prestar favores em prol “de interesses pessoais” e chama-lhe mesmo “o Dono Disto Tudo”.
“É uma direcção unicéfala pois não há conselho de arbitragem, não há conselho de justiça nem de disciplina”, acrescentou.
O treinador dos africanos diz mesmo que na associação há “um desnorte total”. Para Carlos Silva tudo que se passou no jogo com o Vimioso, no passado domingo, foi um “ajuste de contas” ou “um aviso”.
Até à hora do fecho desta edição não foi possível ouvir António Ramos, presidente da A.F.B.
Na outra partida da meia-final, o Sendim venceu o Vinhais por 2-0. O segundo jogo está marcado para o dia 22 de Maio.