Sáb, 17/12/2022 - 23:02
O golo dos locais, aos cinco minutos, apontado por Nuno Silvano de penálti, não intimidou os visitantes, orientados pelo brigantino Pedro Machado, pois até ao final da primeira tiveram várias oportunidades para marcar.
Adul foi o que mais vezes tentou sorte e só na recta final do jogo é que conseguir facturar. Aos 11 minutos o guineense não chegou a tempo de finalizar a bola colocada na área por Varela, aos 32’ teve uma perdida tremenda mesmo à boca da baliza e aos 39’ chamado para a marcação de um penálti permitiu a defesa de Fábio Mesquita. Já em cima do apito para intervalo, o Vila Meã esteve muito perto do empate, mas valeu o defesa Óscar Barros a tirar a bola em cima da linha de golo com um corte providencial, numa altura em que o GDB jogava apenas com 10 face à expulsão de Nuno Silvano, aos 41’, por acumulação de amarelos.
Na segunda metade, em inferioridade numérica, o GDB ainda tentou a espaços, sem jogadas de grande risco, algumas investidas ofensivas. Kika, que teve uma boa prestação no encontro, rematou com perigo aos 54’, mas Tiago Rocha estava atento e segurou o esférico.
Aos 73’, o Vila Meã voltou a desperdiçar um penálti. Desta vez foi Vítor Hugo que rematou à trave. O golo dos forasteiros parecia estar à vista. Aos 85’, Adul, que desta vez foi certeiro, fez o 1-1 após uma jogada de contra-ataque.
Já com um grande desgaste físico a formação do GDB, que jogou toda a segunda metade só com dez jogadores, tentou pelo menos segurar o empate numa fase de grande pressão do Vila Meã que chegou ao 1-2 já em tempo de compensação, aos 90’+7, com a assinatura de Vítor Hugo.
“Está na hora de os clubes se unirem”
No final do encontro, Rafael Nascimento mostrou-se desagradado com a arbitragem. Um descontentamento que já trazia do jogo com o Vianense, onde foram expulsos dois jogadores do Bragança, Hidélvis e Passas.
“Nestes dois últimos aconteceram coisas muito estranhas. Quatro expulsões em dois jogos, expulsaram a nossa linha defensiva toda, o nosso defesa levou o quinto amarelo. Temos de repensar muita coisa. Se calhar a federação não tem interesse que estes clubes do interior estejam nas competições nacionais. Eu já fiz um estudo do que tem acontecido ao GDB nos últimos anos. Será que nenhum treinador serve? Está na hora de dar um grito de revolta e de os clubes se unirem”, afirmou.
Para o treinador os seus jogadores foram “uns heróis” e a pausa que se segue vai servir para recarregar baterias. “A pausa vai servir para recuperar a equipa, os meus jogadores estão de rastos. Vai servir para ganharmos força para seguirmos em frente”.
“Uma vitória justa”
E para Pedro Machado, técnico do Vila Meã, foi um jogo especial. O treinador é natural de Bragança e regressou à terra natal na condição de adversário. “É o clube da minha família, é o meu clube e do qual sou sócio desde que nasci. Mas, nos 90 minutos tudo fiz para que a minha equipa saísse daqui com uma vitória que foi completamente justa”, disse.
Pedro Machado considera que foi um triunfo “sofrido sem necessidade de o ser” num jogo em que a sua equipa não conseguiu concretizar dois penáltis e falhou várias oportunidades de golo.
O Vila Meã segue na sexta posição com 18 pontos. O G.D. Bragança é 13º, penúltimo, com oito pontos.
A próxima jornada, a 13ª, só se joga a 8 de Janeiros. É a última jornada da primeira volta do campeonato e o Bragança joga fora com o São Martinho.