Ter, 12/09/2023 - 10:55
Faz parte das greves distritais, que vão decorrer até ao final do ano, anunciadas pelo Sindicato dos Funcionários Judicias. “A nossa exigência é a falta de compromisso assumida pela tutela, pela direcção-geral, pela secretaria de Estado, pelo Ministério da Justiça e relativamente à não abertura de procedimentos para acesso a todas categorias, cujos lugares se encontram vagos, nomeadamente escrivães adjuntos, técnicos de justiça adjuntos, escrivães de direito e técnicos de justiça principais e secretários de justiça”, adiantou o coordenador do Norte dos Sindicatos dos Funcionários Judiciais, Manuel Sousa. Os funcionários pedem ainda uma revisão salarial e um regime de pré-aposentação, por considerarem que a partir de numa determinada idade se torna difícil continuar em funções. A Comarca de Bragança é um exemplo do envelhecimento dos tribunais. A média de idade dos trabalhadores ultrapassa os 60 anos. “A idade dos funcionários de justiça está muito elevada. Aliás, Bragança é das comarcas que tem o maior número de funcionários com muita idade, a média ultrapassa os 60 anos. Portanto, não é com estas idades que se trabalha como oficial de justiça”, adiantou Manuel Sousa. Além da greve agendada para este dia 13, de 24, estão ainda agendadas outras entre 18 e 22 de Setembro, mas num conceito diferente do habitual. “Só com o início das diligências designadas, de manhã por ventura com o início à hora designada para uma diligência, para um julgamento, e que termina às 12h30. De tarde, se houver também outro julgamento, pode começar à hora que estiver designado o início das diligências e termina às 17h”, explicou. O Ministério da Justiça e o Governo comprometeram- -se a apresentar um projecto estatutário. O Sindicato dos Funcionários Judiciais espera que seja apresentado dentro de um mês. Ainda assim, há greves previstas até ao final do ano.