Festa da Cereja de Alfândega da Fé recorde de venda do fruto

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Ter, 14/06/2022 - 16:49


Depois de um arranque com pouca cereja, já que a maturação estava a atrasada, o certame em formato alargado permitiu vender cerca de 20 toneladas

Após seis fins-de-semana de Festa da Cereja & Ca, a feira mais emblemática de Alfândega da Fé terminou no domingo. Perante a necessidade, durante épocas com mais restrições devido à pandemia, de se alargar o período de tempo do certame, o formato prolongado por vários fins-de-semana foi adoptado novamente este ano, e segundo o autarca de Alfândega da Fé, Eduardo Tavares, o balanço foi positivo. “É um modelo
que os expositores gostam, bem como os restaurantes e o turismo. É um êxito, mas é exigente, recuperámos todas as actividades durantes estes seis fins-de-semana, foram 13 dias de festa”, afirmou. E foi mesmo ultrapassada a margem de 20 mil quilos de fruto escoado na feira. “Sem dúvida alguma que é um balanço positivo por parte dos expositores, em termos de venda da cereja batemos recordes, vamos ultrapassar as 20 toneladas de venda de cereja”, afirmou.
Apesar de o certame ter arrancado no início de Maio com pouca cereja, devido ao atraso na maturação, os expositores afirmam que rapidamente recuperaram e que as vendas foram boas. “Correu muito bem, com a passagem dos fins-de-semana, começou a haver mais dinâmica e mais compras, por isso penso que é uma Festa da Cereja muito positiva”, afirmou Adriano Andrade.
Este expositor de Alfândega da Fé que vendia cereja explica que o fruto é procurado tanto por pessoas de fora da região como da região “porque cada vez menos gente produz e por isso têm de recorrer aos produtores que se profissionalizam para comprar te, mas o preço passou depois a valores mais perto do habitual entre 4 a 6 euros o quilo. Luciana Silva, de Macedo de Cavaleiros, conta que foram dos poucos que conseguiram ter fruto no primeiro fim-de-semana. “Foi muito complicado, a qualidade não se comparava à que temos agora, mas em geral está a correr bastante bem, vem muita gente de fora, 90% da cereja que
vendemos é para fora do distrito”, sublinhou. A expositora Maria Siríaco diz que nos dois primeiros fins-de-semana do certame não conseguiu mesmo participar na feira, porque não tinha cereja. “Além de estar atrasada também houve muito que se estragou com o tempo”, afirma, mas depois “melhorou, principalmente nos últimos dois fins-de-semana, teve muita adesão e correu muito bem, foi positivo”.
Nuno Morais, de Sambade, que vendeu na feira além de cereja, frutos secos, mel e castanha, também considera que esta edição da feira foi positiva.
“Temos vendido bastante bem, há pessoas que vêm em excursões e outras que são daqui e estão fora e compram logo às 5 ou 6 caixas para levar para amigos”.
Apesar de mais cansativo, os expositores admitem que o novo modelo mais largado tem vantagens. “A outra feira, que era só um fim-de-semana, não era tão cansativa, mas acho que este conceito é melhor, mesmo
o ambiente é muito mais amplo muito melhor, eu prefiro”, afirmou Luciana Silva.
Luís Mónico vê com este formato “uma alteração nas vendas”, já que “é mais distribuída, se calhar fazíamos mais movimento em três dias do que num mês, mas é mais agradável e no que diz respeito à cereja vendeu-se mais do que nos outros anos”. Ao longo de 13 dias, desde 7 de Maio, Alfândega da Fé recebeu milhares de visitantes, que passaram pela feira, mas também devido às actividades desportivas, como a meia-maratona da cereja, ou culturais, assim como o regresso dos espectáculos musicais, com destaque para artistas como Amor Electro ou David Antunes.
 

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro