Qua, 06/04/2005 - 14:24
António Alfaia, director desportivo desta escola, encara o projecto com algum optimismo, dada a adesão registada até ao momento. “Neste momento temos sete rapazes e três raparigas, o que já é uma novidade, porque o Velo Clube nunca teve elementos do sexo feminino a praticar ciclismo”, explica o responsável.
As actividades funcionam aos sábados à tarde no polidesportivo de Vale d´Álvaro e, para começarem a praticar, os interessados podem aparecer com qualquer bicicleta. “Para começar qualquer bicicleta serve e os pais não precisam de gastar dinheiro, porque o que ensinamos, no início, é a manusear a bicicleta”, explica o director desportivo.
Federação paga seguro
No que respeita à adesão dos jovens, o responsável mostra-se confiante, dado que o Velo Clube vai começar a divulgar a modalidade junto das escolas e de algumas instituições, como é o caso do ATL do Centro Social e Paroquial de Santo Condestável.
O interesse das crianças e jovens, por seu lado, também depende da vontade dos pais, que o director desportivo procura sossegar. “A nossa escola tem o apoio da Federação Portuguesa de Ciclismo, que custeia as despesas do seguro que cobre todos os atletas”, assegura o responsável.
As maiores dificuldades da Escola de Ciclismo são os apoios financeiros. “Poucas instituições estão receptivas a apoiar o ciclismo e vamo-nos socorrendo do patrocínio de algumas empresas para conseguir verbas para esta época”, lamenta António Alfaia.
Apesar das limitações, o Velo Clube olha em frente e o objectivo desta época é fazer quatro ou cinco provas a nível regional. Uma delas decorreu no passado sábado, em Mirandela, uma iniciativa que serviu para ganhar experiência e contactar com atletas de outras equipas.
Outro dos objectivos é captar mais jovens para conseguir participar em todas as provas da Taça de Portugal. “Num leque mais alargado há sempre mais hipóteses de surgirem novos valores”, alega António Alfaia.