Eleições em Mascarenhas levantam ondas entre presidente eleito e oposição

PUB.

Ter, 13/09/2022 - 15:36


Impasse na instalação dos órgãos daquela assembleia de freguesia levou o Governo a marcar eleições para o dia 6 de Novembro
Está instalada a confusão em Mascarenhas, no concelho de Mirandela. O presidente da junta e a oposição não se entendem acerca de quem é a responsabilidade do impasse na  instalação dos órgãos daquela assembleia de freguesia, depois de todos os eleitos da lista do Partido Socialista, a mais votada nas autárquicas de Setembro de 2021, terem renunciado ao mandato, sendo que a situação que já levou a que se marcassem eleições intercalares, para o dia 6 de Novembro.
A lista do presidente da junta eleito conseguiu três mandatos contra quatro da oposição - dois para o CDS-PP e outros dois para o PSD.
As eleições autárquicas já aconteceram há um ano e, por isso, a oposição diz que a solução do Governo vem com seis meses de atraso.
Manuel Gomes, presidente da junta eleito, considera que não havia outra solução se não voltar a eleições. "Se a oposição quisesse tínhamos chegado a um acordo, mas eles uniram-se e queriam impor a força deles e a solução foi mesmo ir para eleições", referiu sobre o facto de, alegadamente, a oposição querer ter a maioria no executivo da junta, situação que diz "impensável", sendo que não se conseguiu entrar em diálogo.
O presidente eleito afirma assim que "vai ser devolvida a palavra aos eleitores de Mascarenhas para que possam arranjar uma nova solução".
Também o presidente da concelhia de Mirandela do Partido Socialista, Rui Pacheco, acredita que "a democracia vai funcionar" e que "os eleitores vão depositar a confiança na equipa do PS".
Considerando que uma freguesia desta dimensão, em termos de habitantes, "não pode continuar a ser gerida à deriva, por pessoas que não têm condições para o fazer", o líder concelhio do CDS-PP, José Mesquita, assinalou esperar que se encontre a melhor "solução" e que "os três partidos têm condições para governar".
Já o candidato do PSD, Fernando Pintor, que considerou que se podia ter "encontrado um acordo e ter-se beneficiado com isso", disse estar preocupado com as contas da junta. "O que me preocupa é o que vamos encontrar neste período até às eleições", já que, segundo afirma, o presidente eleito "continuou a fazer uma gestão como presidente da junta e andou a gastar dinheiro ilegalmente".
Manuel Gomes respondeu dizendo que apenas tem mandado "fazer limpeza de ruas e as coisas mais básicas". "Não tenho feito obras de fundo porque não tinha autonomia para isso", garantiu.
Nas eleições de 2021, o CDS-PP e o PSD tiveram, juntos, 57% dos votos. Agora, há a possibilidade de se constituir uma coligação.
 
Jornalista: 
Carina Alves