Eleições Autárquicas

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Ter, 17/05/2005 - 16:51


Em Outubro, deste ano, vão decorrer as Eleições Autárquicas nas quais se espera uma maior mobilização do eleitorado daquela que houve nas últimas Eleições Legislativas.

Em rigor, os munícipes de cada concelho vão participar em maior número na eleição dos seus representantes com a natural preocupação de poderem fazer as melhores escolhas para bem de cada freguesia e de cada concelho. Note-se que, o Partido Socialista assume-se hoje como a única alternativa credível para dar à maior parte dos concelhos do nosso País a estabilidade e o desenvolvimento que eles há muito tempo carecem e necessitam. Desde logo, e atendendo à actual situação política nacional, prevê-se também que no Distrito de Bragança o Partido Socialista conquiste o maior número de Câmaras Municipais.
A propósito disso, salienta-se o facto da maior parte dos Presidentes de Câmara do Distrito de Bragança nada terem feito pelos seus concelhos durante o último mandato. Por outro lado, os munícipes já se aperceberam que muito deles são os principais responsáveis pelo atraso em que o Nordeste Transmontano se encontra votado. Além disso, note-se, também, que muitos dos autarcas da Região de Trás-os-Montes e Alto Douro conseguiram, perante uma péssima lei do anterior Governo sobre a descentralização, algo que a todos parecia impossível, já que conseguiram ficar uns contra os outros, ressuscitando bairrismos serôdios, acabando por dividir a Região.
Aliás, é preciso que a maioria dos eleitores nas próximas eleições autárquicas questionem, pois, como é que alguns cidadãos chegaram a tais cargos políticos? E, por outro lado, questionarem sobre o que é que se passa com aqueles eleitores que não vão responsabilizar os autarcas que perante as más actuações já ultrajaram as Edilidades que representam? Ora, nestes casos, e para bem de todos, vai ser necessário saber despir as camisolas partidárias e votar apenas naqueles que melhor podem defender os interesses das nossas freguesias e dos nossos concelhos. Desde logo, apenas se coloca o problema desta forma porque, a prosperidade do nosso País depende, em grande medida, da visão e da capacidade dos seus vários representantes. Em rigor, gerir dinheiros públicos e trabalhar em prol do bem comum, não é a mesma coisa que gerir a casa de cada um, e muito menos usar do poder que se tem para se estar acima de tudo e de todos.
Naturalmente, os Presidentes de Câmara até possuem poderes fantásticos, que ultrapassam os de qualquer outro chefe na maioria dos grupos humanos. Porém, o que se tem verificado é que aqueles que não conseguem convencer os cidadãos pela força do carácter, fazem-no pela força do poder que lhes foi conferido! Na realidade, estes comportamentos dão sempre lugar à incompetência porque, uma vez que o seu objectivo principal é o controlo do poder e a continuidade nos cargos que ocupam, esses políticos tornam-se inflexíveis e imutáveis com o decorrer do tempo. Com efeito, resulta dessas atitudes uma resistência às mudanças, um bloqueio ao progresso, e um impedimento ao desenvolvimento de cada um dos nossos concelhos.
Deste modo, os partidos políticos devem, por um lado, continuar a acreditar naqueles que já deram provas de competência e, por outro lado, apenas devem dar novas oportunidades a elementos que não sejam uma continuação do passado. Em rigor, é preciso afastar da vida política aqueles que não têm capacidade para olharem para eles próprios, que passam o tempo a criticar tudo e todos, e que se lamentam de tudo e de todos. É óbvio que, a maioria dos eleitores não vai deixar-se levar nas próximas eleições autárquicas pelos autarcas que tenham este tipo de postura, até mesmo porque, por muito que eles tentem mudar o passado, deturpar o presente e alterar o futuro, jamais poderão mudar o que não sabem, o que não conhecem e o que não anseiam para o Nordeste transmontano.
Em síntese, nos diversos concelhos do Distrito de Bragança não devem continuar a existir as enormes deficiências que se têm verificado, tanto na oferta directa de serviços nos sectores da saúde, educação, justiça, segurança, turismo, e noutros, bem como na função social de cada município. Por tudo isso, note-se que a maioria dos transmontanos já anseiam que nas próximas eleições autárquicas o Partido Socialista, em cada um dos concelhos do Distrito de Bragança, apresente candidatos credíveis que apostem na recuperação da esperança e, sobretudo, num discurso político concentrado em compromissos sérios e realizáveis para que o Partido Socialista possa conquistar o maior número de Câmaras Municipais do Distrito de Bragança.