Comerciantes rejeitam hiper

Ao que o Jornal NORDESTE apurou, tanto a Câmara Municipal como a Associação Comercial, Industrial e Serviços (ACISM) já foram abordadas pelo grupo comercial francês no sentido de se pronunciarem acerca do projecto.
Recorde-se que a instalação duma média superfície no concelho já é falada há viários anos, mas, ao que tudo indica, a situação começa, agora, a ganhar forma, havendo já um dossier entregue no município.
A ACISM, contudo, mostra-se descontente com as intenções do Ecomarché. “Pode ser o fim do comércio tradicional, que na sua maior parte é de cariz familiar, e pois as empresas não aguentam tamanha concorrência”, alega o presidente daquela estrutura representativa dos comerciantes.
Sendo assim, a ACISM garante que vai fazer “todos os possíveis no sentido de manter vivo o comércio tradicional, evitando que a média superfície se instale no concelho,”, salientou Horácio Sá.

Comerciantes apreensivos

Os comerciantes, por seu lado, começam a ficar algo apreensivos, alegando que “o negócio está mau e, se o hiper vier, vão fechar alguns estabelecimentos”.
Da parte da Câmara Municipal de Mogadouro (CMM), Morais Machado assegura que vai ouvir a opinião da ACISM, comerciantes e população. “O que for desejado será avaliado pelo executivo municipal, que depois tomará uma posição em conformidade”, frisou o autarca.
Recorde-se que, há três anos, o município chegou a ser consultado no sentido de indicar uma parcela de terreno para a instalação da média superfície.
Mais recentemente, o edil confirma que a CMM foi, novamente, abordado pelo grupo Ecomarché, mas entende a lei actualmente em vigor é outros dos pontos a ter em conta na decisão final. Isto porque o licenciamento deste tipo de estabelecimentos já não depende, apenas, das autarquias, havendo mais liberalização no sector.