Ter, 22/03/2005 - 16:54
Esta mostra, com características únicas, pretende, de certa forma, retomar a tradição das velhas feiras que decorriam em cabanais de granito, onde se comercializavam os produtos da terra.
Para o feito a Junta de Freguesia de Caçarelhos (JFC) recuperou os velhos cabanais onde os padeiros, doceiros e produtores de fumeiro tradicional se juntavam para vender as iguarias regionais.
“Fiz 80 pães e já os vendi todos” dizia, com ar satisfeito, Maria Conde, uma das padeiras locais presentes no certame.
A produtora garantiu, ainda, que “esta actividade acaba, igualmente, por ser um complemento ao rendimento familiar”, visto que coze pão duas vezes por semana e vende-o todo. “ Tenho clientes no Porto, Lisboa e até em Espanha”, acrescentou Maria Conde.
Produtos regionais esgotaram
Ao passar por outra banca de produtos locais foi fácil verificar que houve vendas significativas. “Os folares e os doces tradicionais foram, praticamente, todos vendidos”, afiançou a expositora Clemência Vaqueiro.
Em jeito de balanço, o presidente da JFC, José Martins, disse ao Jornal NORDESTE que a feira está a ter um incremento positivo, já que “o número de visitantes vai aumentando de ano para ano”.
A festa foi animada com ranchos folclóricos, incluindo o de Caçarelhos, gaiteiros e pauliteiros das Terras de Miranda.
Durante o certame foi, ainda, inaugurado o museu etnográfico de Caçarelhos, um espaço público onde estão expostas as peças de uso rural, que no passado fizeram o quotidiano das pessoas da aldeia e da região.
O museu, está instalado num edifício antigo, que em tempos funcionou como escola primária, posto médico e quartel da Legião Portuguesa. Foi recuperado pela JFC, com o apoio do Leader +, e é mais um motivo de atracção para a freguesia.