Ter, 02/08/2005 - 15:43
Esta realidade foi detectada pelo Instituto Sondaxe, durante um estudo realizado junto da população, no âmbito do 2º fórum da Agenda 21 Local, apresentado na passada terça-feira.
A deslocação das pessoas em automóvel, em detrimento dos transportes públicos, e a falta de consciência cívica para a separação dos lixos são também hábitos que têm que ser corrigidos, para se garantir uma melhor qualidade da cidade.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, ainda há muito trabalho a fazer. Contudo, este trabalho de diagnóstico já foi um passo importante para traçar os desafios, que vão fazer parte do plano de acção dos próximos anos.
Neste momento, já estão identificadas as cinco áreas onde a autarquia local tem que intervir, para satisfazer as necessidades da população.
O edil Bragançano salienta, ainda, que este processo tem que ser cruzado com outros estudos que a autarquia tem efectuado e vai continuar a realizar.
Esta reflexão de natureza estratégica tem como principal objectivo criar comunidades sustentáveis, através do desenvolvimento da economia local, poupando os recursos naturais existentes.
Salvaguardar as gerações futuras
“Este estudo é importante para melhorar a governação municipal. Governar com mais sustentabilidade é um passo decisivo para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e não hipotecar as gerações futuras”, salienta Jorge Nunes.
Na óptica da responsável pelo Instituto Sondaxe, Helena Ferreira, apesar dos pontos que são necessários corrigir, Bragança também tem indicadores positivos.
“A contribuição reduzida para o efeito de estufa, o crescimento urbano ordenado e a existência de infra-estruturas para idosos são bons indicadores para a cidade de Bragança”, acrescentou a responsável.
Neste momento, as soluções para estes problemas ainda estão a ser estudadas, para serem apresentadas no mês de Setembro, aquando do 3º Fórum da Agenda 21. Após estes estudos vai ser elaborada a carta final de intenções para a gestão sustentável das cidades do Eixo Atlântico.
Recorde-se que a Agenda 21 Local é um modelo para “diagnosticar e formular políticas municipais sustentáveis, que vão solucionar os problemas das cidades e aumentar a qualidade de vida dos cidadãos”.
Este projecto envolve 16 cidades, das 18 que integram o Eixo Atlântico, entre as quais nove portuguesas e 7 espanholas.